Tropa de choque usa bomba de efeito moral para conter vândalos
A tropa de choque da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crise e de Operação Especiais) jogou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes que tentaram invadir há pouco a sede da Câmara Municipal, em Campo Grande.
Primeiro, um pequeno grupo, de cerca de 200 pessoas, passou a jogar pedras contra os guardas municipais e tentar quebra a porta de vidro da Câmara. Um guarda foi atingido no rosto e teve de ser encaminhado à unidade de saúde.
Na segunda tentativa de invadir o prédio, os guardas, cerca de 35, usaram spray de pimenta, mesmo assim os manifestantes continuaram no ataque e a Cigcoe foi acionada.
A PM chegou imediatamente e já desceu contendo os manifestantes, a maioria jovens armados com paus. Os policiais dispararam bombas de efeito moral e balas de borracha.
Com a chegada da tropa de choque, as pessoas que estavam no prédio saíram correndo e só a imprensa ficou. A repórter do Campo Grande News, Aliny Mary, que cobria a manifestação, acabou em meio ao gás lacrimogêneo.
Ela passou mal, desmaiou durante a confusão e precisou ser encaminhada para uma unidade de saúde do bairro Tiradentes. Os policias fecharam o quadrilátero em volta a Câmara e o grupo foi disperso.
No prédio, parte do telhado foi quebrado, parte da grade ficou amassada e há a pichação "Aluga-se" na fachada.
Depois da intervenção policial, o grupo se separou e agora a situação é tranquila no local, ficaram apenas guardas municipais.
A Cigcoe seguiu então para a prefeitura municipal, onde estava a maior parte dos manifestantes. Mas a dispersão foi rápida e apenas cerca de 100 pessoas continuam na Praça do Rádio Clube. Há 13 equipes da PM em motos paradas no local.
As ruas do centro de Campo Grande foram fechadas, desde a Rui Barbosa e liberadas há pouco. Antes, tentativas de depredação também foram contidas pela PM, que faz rondas no Centro desde às 17 horas.
Desde o início da manifestação, na Praça do Rádio, o grupo já hostilizava a imprensa,ameaçava jornalistas e dava mostras de ser mais radical. A maioria cobre o rosto com camisetas, para dificultar a identificação.