Um dia após incêndio, silêncio predomina em condomínio na Capital
Silêncio e irritação. Nem funcionários, muito menos moradores do edifício Leonardo da Vinci, que fica na Rua Amazonas, bairro Monte Castelo, em Campo Grande, querem falar nesta manhã, um dia após o incêndio que matou o publicitário Giovanni Sergio Dolabani Leite, de 24 anos, e deixou outras quatro pessoas em estado grave, entre elas, uma criança de sete anos.
Funcionários do prédio demonstram que foram orientados a não falar sobre o caso. Perguntados sobre a síndica, eles disseram que ela não estava no local.
Moradores entram e saem a todo momento do condomínio, mas parecem seguir a mesma orientação. Uma mulher saia com o filho do local, mas ao ser abordada, demonstrou irritação e se negou a comentar qualquer informação sobre o episódio de ontem.
Funcionários da Plaenge, construtora do prédio, seguem no local. Uma equipe de quatro militares do Corpo de Bombeiros estiveram no prédio nesta manhã. Segundo o sargento responsável pelo grupo, a corporação esteve por lá para vistorias, além da possibilidade de realização de curso a moradores em como agir em incêndios.
Oficiais da corporação, aliás, disseram ontem que a falta de instrução dos moradores de edifícios prejudica a evacuação eficiente, pois a maioria não sabe como proceder.
O fogo no edifício Leonardo Da Vinci começou ontem por volta das 2 horas, iniciado no apartamento 904 do 9º andar, na segunda torre.
Cada torre do edifício tem cerca de 40 apartamentos. Pelo menos 12 viaturas e 20 militares do Corpo de Bombeiros estiveram no local para combater as chamas. O alarme do edifício disparou e causou pânico entre os moradores em plena madrugada.
A Perícia da Polícia Civil e da Plaenge apuram as causas do incêndio.