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Capital

UPA do Santa Mônica é inaugurada, mas só começa a funcionar em 20 dias

Previsão é que unidade custe R$ 300 mil por mês e consiga atender região com 100 mil moradores

Nyelder Rodrigues e Michel Faustino | 01/07/2016 21:54
Descerramento foi feito por Bernal, ao lado da vereadora Luiza Ribeiro e do secretário Ivandro Fonseca
Descerramento foi feito por Bernal, ao lado da vereadora Luiza Ribeiro e do secretário Ivandro Fonseca
Unidade terá 17 leitos, 6 deles para casos de urgência e emergência (Fotos: Alcides Neto)
Unidade terá 17 leitos, 6 deles para casos de urgência e emergência (Fotos: Alcides Neto)

A nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Santa Mônica - região oeste de Campo Grande - foi inaugurada na noite desta sexta-feira (1) em Campo Grande, porém, ela ainda não irá funcionar. Segundo o prefeito Alcides Bernal (PP), as atividades na unidade devem ser iniciadas em, pelo menos, 20 dias.

A inauguração ocorreu nesta noite pois a legislação permite entrega de obras públicas em ano eleitoral até amanhã (2). Como a Justiça proibiu temporariamente que a prefeitura contratasse funcionários sem a realização de concurso público por causa dos contratos sob suspeita com a Seleta e Omep, não há pessoal suficiente para atender no local.

"Essa UPA vai auxiliar e desafogar unidade da Vila Almeida, que é a mais próxima da região e onde moradores acabam indo, é a referência daqui", comenta Bernal, que decidiu inaugurar a UPA mesmo sem ela estar funcionando. O bairro Santa Mônica é vizinha ao Nova Campo Grande e à Vila Popular, dois dos maiores da região oeste de Campo Grande.

O prazo legal para que a unidade entre em funcionamento após a inauguração é de 90 dias. Os funcionários que irão trabalhar nela, segundo Bernal, já foram convocados pelo Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) e são candidatos que participaram de concursos em anos anteriores na Capital.

Renata gostou da UPA que fica em frete a casa e espera que o atendimento não seja deficitário na unidade(Foto: Alcides Neto)
Renata gostou da UPA que fica em frete a casa e espera que o atendimento não seja deficitário na unidade(Foto: Alcides Neto)

Abrangência - A nova UPA foi projetada para atender cerca de 100 mil habitantes de uma área que engloba sete bairros da região oeste de Campo Grande. Além disso, ela deve desafogar a UPA Vila Almeida e também prevê realizar atendimentos à população de próximas à Campo Grande, na região oeste do Estado - Terenos é um exemplo.

Ao todo, foram investidos R$ 3,8 milhões na unidade - que tinha orçamento inicial de R$ 3,5 milhões. R$ 1,5 milhão veio do Ministério da Saúde e R$ 2,3 milhões é recurso de contrapartida da prefeitura.

Já o custo mensal de operação previsto para a UPA é de R$ 300 mil, colocando em funcionamento 17 leitos clínicos, sendo seis deles de urgência e emergência, além de um ambulatório odontológico. A unidade do Santa Mônica é a sexta aberta em Campo Grande, e a terceira inaugurada este ano - Moreninhas e Leblon são as outras duas.

"Ela fica mais perto e vai facilitar o acesso à Saúde. Hoje temos que ir à Vila Almeida, de ônibus demora quase uma hora para chegar lá. Quando aqui passar a funcionar, vou ter uma UPA de grande porte em frente de casa, vai ser muito bom", afirma Renata da Silva Delfino, que trabalha no frigorífico JBS.

Apesar de receber bem a chegada de uma unidade mais próxima, Renata pondera sobre o serviço oferecido. "Espero que funcione de forma adequada, tenha médicos suficientes. Não adianta ter uma estrutura dessa grandiosidade e não ter médicos para nos atender. Mas esperamos que funcione tudo corretamente", frisa.

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