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Capital

Urnas de 4 escolas da Capital serão submetidas ao teste na "votação paralela"

Sistema para averiguar confiabilidade da urna eletrônica consiste em contagem de votos na cédula e urna

Natália Olliver e Cleber Gallio | 01/10/2022 10:09
Sorteio das zonas eleitorais que farão o teste de integridade e autenticidade das urnas. (Foto: Cleber Gellio)
Sorteio das zonas eleitorais que farão o teste de integridade e autenticidade das urnas. (Foto: Cleber Gellio)

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) realizou na manhã deste domingo (1), o sorteio das urnas que passarão pelo teste de Integridade e Autenticidade nas eleições de 2022. O sistema consiste em votação paralela, com objetivo de realizar duas averiguações, sendo do equipamento e do software usado para computar os votos, ou seja confirmar a segurança da votação eletrônica.

Todo o processo poderá ser acompanhado pelos eleitores pelo canal do tribunal, no YouTube.

Foram sorteadas quatro escolas de Campo Grande, onde funcionam seções eleitorais: a Escola Municipal Hércules Maymone Escola, Estadual Arlindo de Sampaio, Escola Municipal Consuela Margarida, Escola Municipal de Primeiro Grau Sebastião Lima.

O procedimento para realização do teste de Integridade se inicia com a zona eleitoral sorteada liberar a urna escolhida para a PRF (Polícia Federal Rodoviária) realizar o transporte até Campo Grande. Em seguida, a urna sorteada é substituída por uma totalmente lacrada, que irá ser usada durante a votação.

As urnas sorteadas serão conduzidas até uma sala no Senac Horto, onde ficarão trancadas até domingo (2). O ambiente é monitorado por câmeras.

As auditorias terão início amanhã às 5h. A Justiça Eleitoral realiza os votos simulados, com ajuda de representantes dos partidos políticos, que irão preencher cédulas de papel com números correspondentes a candidatos registrados e votos de legenda, assim como votos nulos e brancos.

No dia da eleição, durante o horário da votação, ou seja, em simultâneo e em paralelo com a votação oficial, funcionários da Justiça Eleitoral digitarão em computadores e nas urnas sorteadas os votos contidos nas cédulas de papel. Todo o procedimento, da leitura do voto à digitação na urna, será filmado e realizado na presença de auditoria externa

Ao final do processo os números registrados  precisam estar compatíveis para validar a integridade da urna.

Além dessas, uma seção (0338), na Escola Estadual Padre José Scampini, foi escolhida para o Teste de Autenticidade, que irá avaliar a confiabilidade do software instalado na urna.

Ao todo, 21 urnas no Estado que passarão por auditoria, dessas, 18 de maneira convencional, duas serão destinadas à realização do teste de integridade com uso de biometria e três serão auditadas diretamente na seção eleitoral.

Este ano, por uma questão logística o TRE-MS junto aos outros órgão fiscalizadores, determinou, através de uma resolução, que somente municípios localizados a 250 km de Campo Grande participariam do sorteio.

O Presidente da Comissão de Auditoria da Votação, juiz Olivar Augusto Robert Coneglian, explicou que a limitação busca reduzir o tempo de estrada das urnas até o TRE-MS.

“Isso foi um comum acordo para ser algo mais ágil, se tiver algum problema de estrada, tem a disposição do TRE helicópteros e aeronaves para trazer essas urnas para Campo Grande Esse tempo de deslocamento deve durar  três horas”, comentou.

O responsável acrescentou que espera que acredita em eleições limpas e livres. “Quero crer que a vontade popular do voto seja traduzida nessas eleições para que tenhamos dias melhores para o povo e para democracia. Que o resultado traduza um pleito legítimo da vontade popular”, pontuou.

Para Coneglian, os testes asseguram que as críticas a respeito da confiabilidade das urnas são infundadas “esse teste é porque alguém foi questionado (urna)”. Ele comparou a desconfiança no processo eleitoral ao Zé Gotinha, que está há tanto tempo presente mas, mesmo assim, há quem renegue a vacinação.Ele ressaltou que as urnas fazem parte das eleições desde 1996.

Integridade -  De acordo com Olivar Augusto Robert Coneglian, a novidade deste ano fica por conta de um projeto piloto para o Teste de Integridade Biométrica, que vai ocorrer nas zona 53º, na seções 0001 e 0005, no Senac Horto., em Campo Grande. “Todas dúvidas e questionamentos vamos explicar, porque surgiu o questionamento sobre a biometria, se quando a pessoa vai votar com a biometria altera algo na urna, mas não altera nada”, esclareceu.

No teste da biometria, serão usadas três urnas, em três municípios diferentes.  Em Campo Grande, na Escola Estadual Padre José Scampini: Ribas do Rio Pardo, na escola Escola Municipal Prof. Mareide Monteiro de Lima; e Camapuã, na Escola Camilo Bonfim R. dos Jesuítas. Os lugares também foram sorteados para o teste. Os técnicos do TRE-MS irão até as urnas e por meio de um software fiscalizarão se o programa que está na urna é autêntico.

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