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Política

Reajuste quase dobra salário da prefeita a partir de fevereiro

Além de Adriane Lopes, vice e cerca de 400 servidores serão beneficiados por aumento aprovado em 2023

Por Gustavo Bonotto | 01/01/2025 19:48
A prefeita Adriane Lopes (PP) durante discurso de diplomação, em solenidade do TRE-MS, celebrada em dezembro de 2024. (Foto: Juliano Almeida)
A prefeita Adriane Lopes (PP) durante discurso de diplomação, em solenidade do TRE-MS, celebrada em dezembro de 2024. (Foto: Juliano Almeida)

Parte do funcionalismo público de Campo Grande começa 2025 com reajuste salarial. Projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal em fevereiro de 2023 entra em vigor a partir do próximo mês e prevê aumentos significativos para a prefeita, vice-prefeita e secretários municipais.

A gestora Adriane Lopes (PP), que atualmente recebe R$ 21.263,62, terá um aumento de 96%, passando a ganhar R$ 41.845,62. O reajuste para a vice, Camila Nascimento de Oliveira (PP), é ainda maior, de 136%, saltando de R$ 15.947,03 para R$ 37.658,61. E os índices só sobem. Os secretários municipais terão o índice recorde de aumento: 206%, com o vencimento mensal subindo de R$ 11.619,70 para R$ 35.657,50.

A alteração na folha também beneficiará 408 servidores que recebem o teto, referente ao salário da prefeita. Esses terão um reajuste automático de 97%.

Há dois anos, a medida foi aprovada por 26 votos favoráveis e dois contras, após debates intensos e ajustes legais, incluindo decisões consideradas imediatas, suspensas na Justiça.

Embora a proposta tenha gerado polêmica, principalmente entre servidores de categorias de base, como professores, a justificativa para o reajuste é a correção da defasagem salarial das autoridades municipais. À época da votação, o então presidente da Mesa Diretora, vereador Carlos Augusto Borges (PSD), afirmou que a tratativa era necessária para descongelar o salário de servidores efetivos, como médicos e diretores de escolas.

Para isso, duas propostas foram apresentadas à Casa de Leis. Uma prévia o aumento imediato a gestão, que segue na Justiça, e o segundo para reajuste de quem assumisse a prefeitura nas eleições municipais de 2024, que entra em vigor a partir de fevereiro, como manda a atual legislação.

Conforme já antecipado pela reportagem, o texto aprovado pela Câmara discorre que o aumento será coberto por créditos suplementares, caso necessário, provenientes de outras áreas do orçamento da prefeitura. Durante toda a tramitação processual, Adriane se declarou contra o reajuste.

“A Administração Pública Municipal não pode, nesse momento, praticar nenhum ato que implique em aumento de despesas com pessoal, visto que já está no limite do possível, sob pena de sofrer graves sanções, tais como: corte dos repasses constitucionais, proibição de realizar operações de crédito em prejuízo da coletividade”, disse.

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