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Capital

Vereador diz que não recebeu notificação da Justiça para depor no Gaeco

Luana Rodrigues e Mayara Bueno | 20/09/2016 11:48
Carlão disse que foi "pego de surpresa" com prisão de Scaff. (Foto: Arquivo)
Carlão disse que foi "pego de surpresa" com prisão de Scaff. (Foto: Arquivo)

O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), disse que ainda não foi notificado pela Justiça, para prestar depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na segunda fase da operação Midas, que tem como alvo principal, o procurador jurídico da Câmara Municipal, André Scaff.

“Não recebi nada, mas quando receber vou responder o que souber”, disse o vereador, durante sessão ordinária na Câmara, na manhã desta terça-feira (20).

Carlão disse que é amigo pessoal de Scaff e que os dois, inclusive, já tiveram negócios juntos, sendo um envolvendo um empréstimo de cerca de R$ 2 mil e outro a venda de uma camionete, no ano de 2010. “Acredito que se tem alguma relação entre eu e ele, é por conta desses negócios”, disse.

Questionado sobre o motivo da operação, o vereador disse que não conhecia a maneira como eram feitos os contratos da Prefeitura no período em que Scaff foi secretário e que não tem nenhum vinculo com este assunto. “Fui pego de surpresa, porque ele (Scaff) é uma boa pessoa e tem os bens declarados”, afirmou.

Operação Midas - A ação desencadeada nesta terça-feira (20) investiga a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica, tendo André Scaff, procurador jurídico da Câmara Municipal, como principal investigado.

A suspeita é de que Scaff teria enriquecido ao aceitar propina para aditar e renovar contratos entre empresas prestadoras de serviços e prefeitura, na época em que foi secretário de finanças.

O procurador e a esposa Karina Ribeiro Mauro Scaff estão presos na sede do Gaeco desde a manhã de hoje, em cumprimento a uma determinação da 1ª Vara do Tribunal do Júri. 

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