Vereadores discutem suplementação de casas e Cidade de Deus fica fora do projeto
O projeto de suplementação de casas de Campo Grande, no valor de R$ 9,04 milhões, deve ser votado ainda hoje (26), durante sessão da Câmara dos Vereadores. Apesar de prever inicialmente quase seis mil moradias, o projeto apresentado pela Prefeitura vai beneficiar apenas 1001 famílias, deixando de fora moradores da Cidade de Deus.
Serão construídos pela Emha (Agência Municipal de Habitação) 313 casas no residencial Gregório Correa e no Ari Abussafi de Lima, além de 688 casas no residencial Celina Martins Jalad.
Dentre as casas, dois residenciais são destinados exclusivamente a comunidade da Portelinha, e consequentemente, não inclui o bairro Cidade de Deus. Moradores estiveram hoje cedo no plenário da Câmara acompanhando a votação. Eles pediam que a suplementação fosse aprovada, e que eles pudessem receber novas casas.
A presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara, a vereadora Grazielle Machado (PR), lembrou que projeto também não inclui o bairro Hortênsias, Centro-Oeste e Cidade de Deus. “É importante que essa questão fique bem clara. É responsabilidade da Prefeitura fazer o projeto”.
O vereador Mario Cesar, presidente da Casa de Leis, criticou a diminuição no número de residências e salientou a ausência dos moradores da Cidade de Deus no projeto. “Acho maldade com as pessoas que estão no plenário, porque estão sendo manipuladas”.
Denúncias apontam que alguns moradores estão há mais de 10 anos na fila da Emha.
Defendendo a transparência no cadastro da Emha, Zeca do PT, se pronunciou em defesa ao prefeito Alcides Bernal (PP), e disse que novas residências devem ser construídas. “Até agora basicamente se fez casa para cupinxas”, disse ela.
De acordo Grazielle, a legalidade do projeto está coerente com a legislação.