Voluntários doam sangue para garantir estoques no Carnaval
Hemosul iniciou campanha "Antes da folia, pratique empatia" e necessita de todos os tipos de sangue
A Campanha do Hemosul “Antes da folia, pratique empatia” começou e já tem gente que foi doar sangue para salvar vidas. A ação serve para arrecadar todos os tipos de sangue e criar estoques para o período de Carnaval.
É o caso da secretária Elizete Vieira da Silva, de 49 anos, doadora há 23 anos. “Hoje vim doar voluntariamente, não dói e é bem rápido o processo. Já teve pessoas na minha família que precisaram de bolsa de sangue, e entendo a importância da doação”, pontuou.
Quem quiser aderir ao movimento pode ir até o dia 8 de fevereiro, no Hemosul, em Campo Grande, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, n° 1304. É necessário levar documento com foto.
A coordenadora-geral da rede, Marli Vavas, explica que os estoques estão baixos, por isso a necessidade da campanha. “Estamos tentando manter os estoques por conta dessa época ser de maior risco para acidentes. Além disso, temos pacientes que estão internados e que necessitam regularmente das bolsas de sangue”, explicou.
O tipo sanguíneo O negativo é o que mais está em falta. Ainda de acordo com ela, dois recém-nascidos estão utilizando a tipagem e as outras bolsas de sangue existentes, por exemplo.
O engenheiro civil Carlos Okida, de 60 anos, estava doando somente as plaquetas. Ele foi acionado pelo Hemosul, porque um paciente está precisando de plaquetas do mesmo tipo sanguíneo que o dele, que é A+.
Neste processo, as plaquetas são separadas do sangue por uma máquina específica, e o sangue retorna para o corpo dele. Foram seis bolsas para uma só pessoa.
“Esse tipo de processo é importante, porque se fosse retirar as plaquetas da bolsa de sangue normal, seriam necessárias sete bolsas, com sete plaquetas diferentes, e sete imunidades diferentes. Na hora da transfusão, o corpo do receptor pode acabar rejeitando. Então quando você doa somente um tipo de plaqueta, a chance de rejeição é mínima", explicou.
Atualmente, ele está com 240 mil plaquetas e serão retiradas 90 mil. “Elas começam a se regenerar, aumentar hoje mesmo e pode fazer essa doação a cada dois meses, ou seja, seis vezes ao ano. Por mais que esse processo seja um pouco mais demorado, durando uma hora e meia, eu não vejo isso como perca de tempo, porque na verdade eu estou ajudando outra pessoa”, destacou.
O porteiro Carlos Arcanjo, de 44 anos, é doador há 20 anos, mas especialmente hoje foi doar para a tia, que precisa fazer uma cirurgia. “Tem que colaborar com todo mundo, independente de ser parente ou não. É uma ação muito importante”, afirmou.
Quem pode doar – Os doadores precisam ter entre 16 e 69 anos. De 16 a 17 anos, é necessário a autorização dos pais os responsáveis.
A Rede Hemosul-MS aceita doadores com 51 kg ou mais, para a melhor utilização do sangue coletado e segurança do doador.
A primeira doação somente pode ser feita até 60 anos. Acima desta idade, apenas para quem já é doador de sangue.
Em todos os casos, é indispensável estar bem de saúde e sem doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis.
O uso de alguns medicamentos também impedem a doação. Se estiver com gripe ou alergia deve esperar sete dias após sarar para doar sangue.
As pessoas que doarem sangue também podem se cadastrar no Banco Nacional de Doação de Medula Óssea e serão chamadas em caso de necessidade.
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