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Capital

“Vou cuidar dela” foi a última mensagem à sogra antes de Rafael matar Mariana

Ainda em luto, família está indignada com prisão domiciliar de Rafael e pede por justiça

Ana Paula Chuva | 18/05/2021 15:59
Print das mensagens enviadas para o celular da mãe de Mariana. (Foto: Direto das Ruas)
Print das mensagens enviadas para o celular da mãe de Mariana. (Foto: Direto das Ruas)

No celular a mensagem enviada pouco mais de duas horas antes da “brincadeira” que tirou a vida de Mariana Vitória Vieira Lima, 19 anos, é uma das revoltas para o padrasto da menina que prefere não se identificar. Usando o celular da namorada, Rafael de Souza Carrelo, 19 anos, disse à sogra que cuidaria da garota.

“Ele disse que ia cuidar dela e não cuidou, mas tirou a vida dela”, lembra o padrasto de Mariana que morreu atropelada pelo namorado durante “brincadeira” no trânsito no último fim de semana.

Assim como outros familiares, que ainda tentam assimilar a morte da menina, o padrasto diz estar indignado com a decisão de conversão da prisão em flagrante para prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e que neste momento a família espera “justiça para que quem ceifou a vida de nossa filha fique preso”, afirma.

Horas antes do acidente, Mariana mandou mensagem para a mãe onde faz um pedido e logo em seguida repassa recado do namorado. “O rafa falou que te ama e que você é a sogra mais linda do mundo”, diz parte da mensagem.

Início da conversa onde Mariana manda o contato do namorado. (Foto: Direto das Ruas)
Início da conversa onde Mariana manda o contato do namorado. (Foto: Direto das Ruas)

Mariana então manda o contato do rapaz e diz “ele vai te mandar oi amanhã porque ele te ama”, em seguida, Rafael assume as mensagens  “Oi tia/rafa, você é perfeita. Eu vou cuidar dela, deixa comigo”, termina.

Mariana e Rafael estavam juntos a cerca de quatro meses e a mensagem foi o último contato entre a garota e mãe. “Essa foi a última mensagem que ele mandou pelo celular da Mariana para a mãe dela.  Disse que iria cuidar dela e não cuidou, mas sim tirou a vida”, completa o padrasto que entrou para a família quando Mariana ainda tinha 10 anos de idade.

A mãe de Mariana segue muito abalada pela tragédia. Ela mora em Campo Grande junto com o marido e  outros dois filhos – de 5 e 7 anos -, mas a família é de Amambai.  “Minha esposa não está bem. Estamos a base de calmantes. Estamos indignados com tudo. ”, desabafa o padrasto.

Segundo ele, nesta sexta-feira (21), amigas de Mariana organizaram uma missa de 7º Dia na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Capital. No mesmo dia uma cerimônia em memória da garota também será celebrada em Amambaí, cidade onde ela nasceu e foi enterrada.

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