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Cidades

Capitão guardava US$ 1 mil em cela no Presídio Militar

Redação | 02/07/2009 16:49

A Justiça Federal ainda não respondeu ao pedido de transferência do capitão Paulo Roberto Xavier, flagrado com celulares e dinheiro em uma cela do Presídio Militar, onde está preso acusado de envolvimento no esquema de exploração de jogos de azar. A suspeita é que mesmo depois de preso ele coordenasse ações relacionadas à contravenção, segundo apurou o Campo Grande News.

Na cela do oficial foram encontrados três aparelhos celulares, R$ 107,00 e US$ 1 mil, segundos o processo.

Como depois da desarticulação da quadrilha foram apreendidas mais máquinas caça-níqueis em pontos explorados pelo grupo, surgiu a hipótese de que as ações continuavam a ser monitoradas de dentro do presídio.

Após o flagrante, a promotoria militar pediu a transferência do capitão Paulo Xavier. O juiz da auditoria militar, Alexandre Antunes, encaminhou a solicitação à 5ª Vara da Justiça Federal, que até a tarde hoje não havia respondido ao pedido.

O advogado do oficial, Rui Lacerda, afirma que os dólares encontrados com ele "são das Guianas" e têm pouco valor, isso não é confirmado no processo. Ele alega ainda que os valores e os celulares estavam nos bolsos do capitão desde o dia da prisão.

"Foi armado", pontua Lacerda. Após o interrogatório desta tarde, na auditoria militar, ele formalizou pedido para que o oficial pudesse abrir uma conta salário.

Ele explica que o objetivo é garantir que o oficial receba o pagamento como policial militar. Desde que foi preso, na operação Las Vegas, as contas bancárias de Paulo Xavier estão bloqueadas.

O capitão é apontado como braço direito de Sérgio Roberto de Carvalho, o major Carvalho, como ficou conhecido. A denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) revela que o major Carvalho é o mentor do grupo.

Os dois já prestaram depoimentos na auditoria militar e negaram todas as acusações. Nem mesmo com as gravações das ligações interceptadas pelo MPE, os acusados confessam ligação com o esquema. Ambos afirmam que as vozes não são deles.

A assessoria de imprensa da Justiça Federal foi procurada para comentar o encaminhamento do pedido de transferência e não encontrou o responsável pelo setor para responder o caso.

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