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Cidades

Cerca de 30 documentos foram apreendidos no Incra da Capital

Paula Vitorino e Fernando da Mata | 05/03/2012 12:44
Reunião no Incra aconteceu após vistoria da PF. (Foto: Fernando da Mata)
Reunião no Incra aconteceu após vistoria da PF. (Foto: Fernando da Mata)

Como parte das ações contra irregularidades na reforma agrária, a Polícia Federal apreendeu cerca de 20 a 30 documentos na superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande.

A operação foi deflagrada hoje pela PF, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União. O objetivo é apurar irregularidades em concessões e aquisições de lotes destinados à reforma agrária em assentamentos situados nas cidades de Corumbá e Ladário.

De acordo com o superintendente estadual do Incra, Celso Cestari, a ação da PF já era prevista e aconteceu tranquilamente. “Fomos informados que iriam pegar os documentos por conta da investigação de vendas irregulares em Corumbá e Ladário”, diz.

Cestari ainda adiantou que o Incra está disponível para ajudar no que for preciso nas investigações. O superintendente também ressaltou que “até agora são apenas suspeitas, não existe nada comprovado”.

Após a vistoria da PF, Cestari e os funcionários do Incra participaram de uma reunião, onde um dos assuntos foi ação dos policiais, e a gestão do Instituto.

"Faltou gestão nos anos anteriores, agora estamos tentando implantar um processo de gestão que não existi", diz.

Operação - Além da apreensão na Capital, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão no Sindicato dos Trabalhadores e outro no Incra de Corumbá.

De acordo com a PF de Corumbá, que coordena as ações, ninguém foi preso. Foram apreendidos todos os materiais e documentos que trazem indícios de irregularidades envolvendo transações de lotes destinados à reforma agrária, mas ainda não há detalhe sobre o montante da apreensão.

Uma coletiva de imprensa deve ser feita no início da tarde para esclarecer detalhes sobre a operação.

Em agosto de 2010, a PF realizou Operação Tellus, que revelou a participação de funcionários do Incra e líderes de movimentos sociais na venda e regularização de lotes ocupados ilegalmente, através da emissão de documentos falsos.

Após as denúncias, o MPF solicitou ao Incra o levantamento de 11,1 mil lotes em 69 assentamentos em Mato Grosso do Sul. A vistoria foi realizada entre os meses de maio e julho de 2011.

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