Com merenda 'pobre' em creches, empresas ainda vão mal em licitação
Prefeitura convocou outras quatro empresas; Processo tem prazo de até 90 dias para ser concluído
Enquanto a merenda está 'pobre' em escolas e Ceinfs (Centros de Educação Infantil), como o Campo Grande News mostrou nesta semana, a Prefeitura de Campo Grande está encontrando dificuldades em encontrar fornecedores. Na licitação para o fornecimento de alimentação à rede de ensino, desqualificou três empresas e reprovou uma outra concorrente.
Elas estavam concorrendo para fornecer os alimentos para a Semed (Secretaria Municipal de Educação). O resultado de amostra foi publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta quarta-feira (8).
Conforme a publicação, o resultado das análises das amostras foi dado por uma comissão e novas empresas foram convocadas a apresentarem seus produtos. O pregão de licitação foi iniciado no dia 20 de dezembro de 2016 e tem por objeto a aquisição de gêneros alimentícios para atender a
Semed, na modalidade menor valor por item.
Entre as desqualificadas está Comercial Via Oeste LTDA, Pacotão Comércio de Produtos de Higiene e Limpeza e JR Comércio e Serviços. A empresa Nutrir Alimentos teve sua participação cancelada no certame.
As novas empresas convocadas têm 72 horas para apresentar as amostras na Central de Compras da Prefeitura de Campo Grande, que fica na Avenida Afonso Pena, nº. 3.297, Térreo, Centro, Paço Municipal.
Foram convocadas as empresa JR Comércio e Serviços, Eficaz Logística Comércio de Produtos de Limpeza e Descartáveis e C.L.R. Comercial de Materiais para Limpeza.
Pobre - No dia 6 de março o Campo Grande News denunciou a qualidade da merenda que está sendo servida nas escolas. Apenas arroz, carne, macarrão, feijão e bolacha estão sendo servidos. Nada de frutas, verduras ou alguma variação saudável. O Executivo disse que a licitação para aquisição já estava em andamento e que o processo tem prazo de até 90 dias para ser concluído.
Com relação aos hortifrútis, a administração municipal alegou que o atraso na entrega foi resolvido com a quitação de pendências financeiras da gestão passada aos fornecedores e, assim, os alimentos começarão a ser entregues nesta semana nas escolas.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura confirmou que as deficiências ocorrem devido ao saldo de licitação do ano passado, que não contempla todos os tipos de produtos.
“Porém, já há novas licitações em andamento para repor estoques e comprar de incrementos, que poderão ser entregues a partir de abril”, informa. Entre eles há cereais, carnes, achocolatado, suco, aveia, biscoito doce e salgado, farinha láctea, chá mate, açúcar e aveia.
Empresas - De acordo com a Comercial, a empresa foi desqualificada porque não apresentou amostra. "Essa licitação era do ano passado. Acreditávamos que seria revogada pelo novo prefeito, assim como outras foram. Nossa desclassificação foi por não apresentar amostra", destacou um representante da empresa que não quis se identificar.
A Pacotão não quis se manifestar sobre o assunto e a reportagem não conseguiu contato com a JR Comércio. A empresa Nutrir Alimentos declarou que vai buscar um embasamento legal da Prefeitura com relação ao cancelamento e ainda não sabia o motivo pelo qual foi tomada a decisão.
*Matéria editada às 10h50 para acréscimo de informação