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Cidades

Comunidade indígena sofre ameaças após morte de líderes

Redação | 29/11/2010 10:40

Indígenas da comunidade Kurussu Ambá, de Ponta Porã, denunciaram ao MPF (Ministério Público Federal) que estão sendo ameaçados por "pistoleiros". Ao todo são 130 indígenas que moram na comunidade, localizada entre os municípios de Amambai e Coronel Sapucaia, fronteira do Brasil com o Paraguai que afirmam ser ameaçados para saírem, nem que seja a força, da área que ocuparam por ser tekoha (terra sagrada), dentro da fazenda Nossa Senhora Auxiliadora.

Os indígenas temem as ameaças pois, até a comunidade acampar definitivamente no local, três líderes indígenas já foram assassinados, em 2006 e 2007, e em todos os casos nenhum dos autores foi preso.

Os índios relatam que no dia 23 de outubro um grupo teria estacionado um veículo na entrada da propriedade e feito ameaças contra a comunidade. As ameaças, segundo os indígenas, aumentaram após o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) ter suspendido a reintegração de posse em favor dos proprietários da fazenda.

Conforme o MPF, as informações foram enviadas à Polícia Federal (PF) de Ponta Porã, solicitando para que a denúncia seja apurada. Assim, o MPF acredita que é possível "facilitar a coleta de dados sobre o caso, além de conter o clima de tensão no local e evitar a ocorrência de outros incidentes".

O estudo antropológico das terras Kurussu Ambá já está em está em estágio avançado, conforme o MPF, e deve ser finalizado pela Funai (Fundação Nacional do Índio).

Os indígenas da Kurussu Ambá foram expulsos da Aldeia de Taquaperi, no final de 2006, 50 famílias (cerca de 150 indígenas guarani-kaiowá, sendo 70 crianças e 18 bebês), acamparam na entrada da fazenda Madama, segundo eles, antigo tekoha (terra sagrada).

Desde então a comunidade tentou retomar as terras e até acampar em um pequeno pedaço de mata, onde estão até hoje, no centro da fazenda.

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