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Cidades

Dois membros de quadrilha de ex-major ainda estão presos

Redação | 25/11/2010 08:20

Duas pessoas continuam presas depois da Operação Vitruviano, desencadeada ontem pela PF (Polícia Federal) com objetivo de desarticular uma quadrilha que aplicou golpe para ficar com a herança do milionário paulista Olympio José Alves.

Estão na carceragem da PF, em Campo Grande, o dono de uma garagem de Caarapó, Onofre Pereira Santos, e o dono de um posto de combustíveis em Dourados, Paulo Francisco Souza.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, as declarações dadas ontem não foram suficientes e eles deverão prestar novos depoimentos.

As investigações feitas pela PF identificam que o ex-major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho, o mentor do grupo, se utilizou de laranjas para comprar uma usina de álcool em Juscimeira (MT).

O negócio foi fechado por R$ 200 mil. Na sequência, os integrantes da quadrilha chefiada por Carvalho usaram outra operação fraudulenta para alegar que eram credores do milionário, a quem teriam vendido a empresa.

No mesmo ano, conseguiram uma decisão favorável em Mato Grosso do Sul, dada pela juíza Margarida Weiler, que este ano foi aposentada compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça.

Apesar de o suposto negócio ter sido feito no Mato Grosso, os laranjas de Carvalho foram à Justiça em Anaurilândia e alegaram ter vendido a usina para Olympio, já falecido, e que não teriam recebido o valor. Na ação, os credores aparecem como Aristides Martins e Teresa Jesus da Silva.

O processo informa que a negociação foi feita com um procurador de Olympio, identificado como Eraldo Gomes da Cruz. A procuração dada a ele, em um cartório do Paraná, foi questionada pelos advogados do espólio de Olympio José Alves.

A causa foi estimada em R$ 997 milhões. Em junho de 2007, decisão da juíza determinou o pagamento de R$ 3,9 milhões aos autores da ação, valor que já estava depositado em uma conta judicial.

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