Mulheres são maioria em MS, mas a minoria no trabalho
Ela têm espaço para crescer, afirma secretário Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck
Assim como no restante do país, as mulheres são maioria entre os sul-mato-grossenses, mas estão em menor proporção no mercado de trabalho formal. Conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em 2017, elas era 40,73% dos trabalhadores contratados no Estado – 255 mil no total.
Para o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, neste 8 de março, mais importante do que a estatística é resssaltar que as mulheres contribuem para o desenvolvimento econômico do Estado e têm espaço para crescer.
“Elas continuam ganhando menos apesar de trabalhar o mesmo período e ter o mesmo nível de competência. Têm a escolaridade, que muitas vezes a mulher tem um nível maior, mas acaba ficando com os trabalhos menores. Mas eu acredito que as políticas públicas têm favorecido esse processo, mas o crescimento da mulher no mercado de trabalho depende muito mais que os homens mudem a visão em relação a elas”, afirmou via assessoria de imprensa.
Números - O setor de serviços emprega 63% das trabalhadoras e no comércio o número de pessoas empregadas soma 52 mil. Nas duas áreas houve aumento de 3,75% e 6% nas contratações de mulheres de 2012 a 2017. A agropecuária também tem empregado mais mulheres.
A indústria e a construção civil contrataram menos entre 2012 e 2015, conforme o levantamento feito pela Semagro nas fontes oficiais de estatísticas.
Administração Pública - As mulheres também são maioria e as que mais ocupam cargos de liderança entre os servidores dos órgãos públicos de Mato Grosso do Sul. Segundo os dados do Caged, em 2017, elas representavam 56% do setor, com 68.972 profissionais.
As mulheres são ainda 56,46% entre os membros superiores do Poder Público e Dirigentes de Organizações - 16.579 servidoras no total. Também são maioria entre os técnicos de nível médio (68%) e entre os profissionais das Ciências e das Artes (67%).
Os homens só são maioria entre os cargos de segurança, como militares e policiais, onde as mulheres representam apenas 8%.
“A participação da mulher no setor público está muito ligada a forma de acesso a esse trabalho, que é por concurso, mais igualitária. O crescimento da economia passa necessariamente pelo uso mais intensivo da mulher no mercado de trabalho, por que existe uma força de trabalho disponível que pode ser ocupada. Então numa retomada da economia, é natural que a mulher consiga ter uma posição melhor”, completou Verruck.
