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No 1º dia útil de 2024, muita gente volta ao trabalho de maneira informal

Lojistas esperam que vendas sejam tão boas como as de 2023 e trabalhadores "se viram" para fazer dinheiro

Por Alison Silva | 02/01/2024 11:26
Trabalhadores e comerciantes na região central de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Trabalhadores e comerciantes na região central de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

De volta ao trabalho, no primeiro dia útil do ano, comerciantes começam esperando o mesmo desempenho de 2023, mas os trabalhadores reclamam da  falta de oportunidades.

Pedreiro profissional, Claudionor Arevalo, de 43 anos, retoma a vida em 2024 como ambulantes. Sem vaga na da construção civil, agora ele vende salgados e água, pelo menos até fevereiro.

"Já vendi água, já vendi salgado e estou aqui no Centro justamente para apurar o preço de algumas coisas, para comprar e recomeçar pelo menos até fevereiro. Já tive ponto de vendas de comida, e quando chega essa época, a gente procura outras coisas.”

Pedreiro profissional, Claudionor Arevalo, de 43 anos (Foto: Marcos Maluf)
Pedreiro profissional, Claudionor Arevalo, de 43 anos (Foto: Marcos Maluf)

Pintor e encanador, ele disse que a situação financeira começou a piorar em outubro de 2023 e desde então, se vira como pode para poder se manter.

“Não sei quais os motivos, mas as pessoas deixaram de fazer as habituais reformas de fim de ano, e isso complicou bastante o meu setor”, disse. Separado da esposa, ele foi às compras enquanto aguarda o contato de imobiliárias para retomar sua atividade principal.

Dona de casa, Ana de Fátima, 59 anos (Foto: Marcos Maluf)
Dona de casa, Ana de Fátima, 59 anos (Foto: Marcos Maluf)

Dona de casa, Ana de Fátima, 59 anos, comprou uma caixa térmica para ajudar o filho, Juliano Bispo, a vender água neste início de ano. “Estou ajudando meu filho a vender água. Espero que ele se dê bem em 2023. Trabalho com faxina, e para mim esse ano foi bom, as coisas estão muito difíceis, e essa é uma oportunidade de recomeçar", disse a rondoniense que vive na Capital há mais de uma década.

Aposentado, Luiz Thomaz dos Santos, de 68 anos, foi ao Centro para observar o movimento. Ele usa do artesanato para complementar a renda. Com bom humor, ele disse que em 2023 o trabalho lhe deu muito mais amigos do que dinheiro.

Aposentado, Luiz Thomaz dos Santos, de 68 anos (Foto: Marcos Maluf)
Aposentado, Luiz Thomaz dos Santos, de 68 anos (Foto: Marcos Maluf)

Espero que todos nós sejamos pessoas com mais disposição e ânimo para agradecer. O dinheiro aqui é mais um complemento de renda, já que em 2023 o artesanato me deu mais amizades do que dinheiro (risos)”.

Supervisor comercial, Rodrigo Insfran, 41, disse que para 2024 espera crescimento profissional e um ‘upgrade’ na parte financeira.

“Quando você consegue galgar ganhos melhores e subir de cargo na sua profissão, automaticamente o salário é maior”. Ele disse que inicia o ano com muito otimismo e espera alinhar vida pessoal e vida profissional para prosperar.

“Começo o ano projetando melhorias, busco conhecimento acadêmico, com cursos, para crescer. O negócio é alinhar parte profissional e pessoal, se não dosar tudo isso, as coisas se misturam e fica difícil administrar."

Pedreiro Denilson Jorge da Silva, de 30 anos (Foto: Marcos Maluf)
Pedreiro Denilson Jorge da Silva, de 30 anos (Foto: Marcos Maluf)

Apesar de querer dinheiro no bolso, o pedreiro Denilson Jorge da Silva, de 30 anos, falou que o novo será de prosperidade e de maior convívio com a família. “Quero superar as crises financeiras, mas também a crise familiar, quero saúde. Deus é muito maravilhoso na minha vida e que tudo que a gente sofreu em 2023, ele nos dará em dobro em felicidade neste ano. Ele disse que neste ano o intuito é viver com mais calma para aproveitar a família.

“Minha ideia é poupar mais, viver um pouco mais com minha família, ano passado eu trabalhei demais, não aproveitei muita coisa, quero curtir mais com minha esposa, já que não tenho filhos”, disse o morador das Moreninhas.

Vendedora Suemy Mesquita, 33 anos (Foto: Marcos Maluf)
Vendedora Suemy Mesquita, 33 anos (Foto: Marcos Maluf)

Vendedora em uma ótica na Avenida Afonso Pena, Suemy Mesquita, 33, é tocantinense e disse que espera a mesma prosperidade de 2023 neste ano.

“Ano passado foi excelente, creio que este ano é o ano da força, e que conseguiremos muita coisa boa”, falou. Ela disse que as coisas prosperaram tanto na sua vida pessoal como na vida profissional. “Não temos um período específico de procura, as vendas são muito boas durante todo o ano e todos os meses são abençoados”, disse a nortista, que vive na Capital há cinco anos.

Vendedor em uma tabacaria, Everton Fernandes, 38, falou que o ramo em que trabalha proporciona um ano de prosperidade.

“Temos imposto em cima de tudo, trabalhamos certinho e como nosso lucro acontece em cima do vício, sempre temos boas vendas. Todo dia a pessoa vai querer fumar o narguilé dela, então, durante todo o ano as vendas são boas”, disse. Ele explicou que as expectativas para este ano são tão boas como as de 2023.

“Acontece que quando você chega na meta, você dobra a meta (risos), as expectativas são boas, mas como o próprio nome diz, são apenas expectativas por enquanto”, finalizou.

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