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Cidades

Força-tarefa encontra indícios de irregularidades em 236 prontuários

Gabriel Neris e Nadyenka Castro | 14/05/2013 14:58
Força-tarefa foi criada pelo Ministério da Saúde, para dar início a varredura em prontuários de pacientes atendidos na rede de tratamento ao Câncer. (Foto: Marcos Ermínio)
Força-tarefa foi criada pelo Ministério da Saúde, para dar início a varredura em prontuários de pacientes atendidos na rede de tratamento ao Câncer. (Foto: Marcos Ermínio)

Na apresentação do primeiro balanço da força-tarefa para averiguar denúncias nos serviços de Oncologia em Mato Grosso do Sul, o Ministério da Saúde divulgou que está analisando 236 prontuários médicos, sendo 143 somente do Hospital do Câncer. O restante é de outros hospitais ainda não identificados, mas de Mato Grosso do Sul.

Os outros prontuários são de pacientes que fizeram tratamento em Mato Grosso do Sul, porém a auditoria não identificou de qual município estas pessoas vieram. No prontuário não consta qual o município eles são.

Também estão sendo apuradas 1.022 autorizações de pagamentos de autocusto. Estes prontuários foram recolhidos para que sejam analisados os critérios para pessoas que tiveram mais de dois tipos de procedimento, como por exemplo, pacientes que passaram por atendimento clínico e cirurgia, ou radioterapia e posteriormente quimioterapia.

Outro critério é do paciente que morreu durante o tratamento. Por último é o estágio avançado do câncer e o tempo prolongado da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, nestes casos a incidência de irregularidade é maior.

A força-tarefa também está fazendo um estudo do câncer com o restante do Brasil.

“Assim será possível discutirmos qual o padrão de mortalidade esperados para cada tipo de câncer, verificando se os protocolos terapêuticos foram aplicados, na qual seria imortalidade esperada e também sua repercussão na sobrevida dos pacientes”, disse Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.

Os integrantes da força-tarefa já foram ao Hospital do Câncer e verificaram irregularidades como cobranças de pacientes mortos, paciente que passou dois procedimentos, mas pagou quatro, e cobrança do procedimento antes de ser feito.

A força-tarefa analisará ainda que se o que consta no prontuário é o que foi pago pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A Polícia Federal repassou a força-tarefa escutas telefônicas sobre a investigação. A força-tarefa pediu ainda ao Hospital do Câncer informações sobre os profissionais que atuam no local, contratos de serviços terceirizados, controle de infecção hospitalar, autorizações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e dados cadastrais do hospital no sistema de gestão.

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