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Cidades

Grupo acusado de fraudar Fisco usava “laranjas” para esconder itens de luxo

Dentro da Bíblia, no capítulo de Eclesiastes, foram encontradas dezenas de cédulas de R$ 50

Aline dos Santos | 28/07/2017 08:56
Televisão apreendida é avaliada em R$ 89 mil. (Foto: Divulgação/PF)
Televisão apreendida é avaliada em R$ 89 mil. (Foto: Divulgação/PF)

Centrada no setor de frigorificos, a operação da PF (Polícia Federal) que mira fraudes de R$ 350 milhões contra o Fisco apreendeu diversos itens de luxo nesta sexta-feira (dia 28).

A segunda fase da operação Labirinto de Creta, onde vivia o Minotauro, figura mitológica com corpo de homem e cabeça de touro, apreendeu dois veículos Porsches, sendo um modelo Macan Turbo e um Cayenne. Os carros têm valor de três dígitos, com cifras partir de R$ 300 mil.

Também foram apreendidos caminhonete, joias, relógios – incluindo um da marca Hublot exibido numa redoma -, uma adega e televisão avaliada em R$ 89 mil. Dentro de uma Bíblia, ao lado do capítulo 12 de Eclesiastes, foram encontradas dezenas de cédulas de R$ 50.

São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e empresas ligadas à organização criminosa em Terenos, Campo Grande e São Paulo. Conforme a investigação, os bens adquiridos são frutos da sonegação fiscal e eram “blindados” com a utilização de laranjas e empresas.

Os crimes investigados são: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica, estelionato qualificado, fraudes previdenciárias e lavagem de dinheiro.

Carrões: Dois Porsches foram apreendidos em operação. (Foto: Divulgação/PF)
Carrões: Dois Porsches foram apreendidos em operação. (Foto: Divulgação/PF)

A operação investiga um grupo econômico que apresenta faturamentos elevados, porém com irregularidade nas escriturações contábeis. Dessa forma, apurava-se o crédito tributário, porém, não era possível reaver os valores sonegados, pois o quadro societário era de pessoas sem condições financeiras.

Em Campo Grande, as equipes da Polícia Federal foram ao residencial Dahma 1, escritório de advocacia no Parque dos Poderes, edifício comercial na Afonso Pena e no residencial Bandeirantes, no bairro Amambaí.

A primeira fase da operação ocorreu em 2014, quando o foco foi outro grupo empresarial, também no ramo frigorifico. Um dos envolvidos, empresário do ramo, foi condenado a 5 anos e oito meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Participam da operação, 100 policiais federais, 18 auditores fiscais e 14 analistas da Receita Federal.

Caminhonete apreendida pela Polícia Federal. (Foto: Divulgação/`PF)
Caminhonete apreendida pela Polícia Federal. (Foto: Divulgação/`PF)
Relógio em redoma. (Foto: Divulgação/PF)
Relógio em redoma. (Foto: Divulgação/PF)
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