Iagro inicia vacinação contra aftosa em regiões de risco no Estado
Técnicos da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) já iniciaram a vacinação contra a aftosa em regiões consideradas de risco em Mato Grosso do Sul, por meio da Agulha Oficial, mecanismo utilizado para aumentar os índices de vacinação contra a febre aftosa.
Segundo informações da diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Galvão Rosa Carrijo, o procedimento foi adotado em assentamentos e aldeias indígenas.
“O produtor destas áreas, que considerarem ser necessária a antecipação, deve solicitar requerimento no escritório local do Iagro do município”, afirmou a diretora, ressaltando que serão levadas em conta as áreas de risco e que o órgão ainda vai analisar o pedido.
A campanha oficial de vacinação começa no Estado dia 1º de novembro. Carrijo destaca que alguns produtores pediram a antecipação.
O procedimento adotado pelo Governo do Estado se baseia em instrução normativa do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), no início do mês, que descartou a necessidade de antecipação da aftosa, no entanto, liberou os Estados para iniciar o procedimento em áreas consideradas de risco.
“Não sendo (área de risco), a data de vacinação continua a mesma”, explica Carrijo, que não soube precisar quantas propriedades já tiveram rebanhos vacinados por meio da Agulha Oficial.
A diretora-presidente da Iagro também afirmou que, quase um mês depois da confirmação do foco de aftosa no Paraguai, as equipes de vigilância na área de fronteira vistoriados mais de 1 mil propriedades.
A frente de trabalho reúne Iagro, DOF (Departamento de Operação de Fronteira), Exército, polícias civil e militar. A operação Boiadeiro, desencadeada pelo Exército para combate à aftosa, tem encerramento previsto para o mês que vem.
Questionada se a fiscalização perderá força sem o Exército, Carrijo declarou que confia na conscientização dos produtores rurais. “Nosso principal exército são os produtores. A experiência em 2005 foi dura e até hoje não houve recuperação financeira plena de alguns setores. Ninguém quer passar por isto de novo”, pontua.
“Além disso, o contingente policial do Estado continuará à disposição dos trabalhos. Temos investido no trabalho de educação sanitária”, complementa a diretora.
O governo Paraguaio confirmou no dia 19 do mês passado o foco de aftosa, surgido em fazenda no Departamento de San Pedro. Pelo menos 800 animais foram sacrificados. O vírus foi detectado em 13 cabeças de gado.