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Economia

Paraguai confirma foco de aftosa e suspende exportações de carne

Edmir Conceição | 19/09/2011 08:17

Autoridades de defesa agropecuária formam pool de inspeção com cinco países. Foco fica a 150 km da fronteira com Mato Grosso do Sul

Veterinários paraguaios coletam sangue em animais na região onde foi detectado foco de aftosa.
Veterinários paraguaios coletam sangue em animais na região onde foi detectado foco de aftosa.

As autoridades paraguaias confirmaram foco de febre aftosa em fazenda no Departamento de San Pedro. Por causa do foco, anunciado ontem pelo Campo Grande News, o Paraguai suspendeu por dois meses a exportação de carne. Cerca de 800 animais deverão ser sacrificados. O vírus da febre aftosa foi detectado em 13 cabeças de gado.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, deve decretar ainda hoje situação de emergência sanitária na região onde foi detectado o foco. As autoridades sanitárias iniciaram nesta segunda-feira a instalação de barreiras de contenção. Com esse foco, o Paraguai perde status sanitário e fica fora do mercado internacional, que é uma das principais fontes de divisas do país.

A Organização Internacional de Sanidade Animal (OIE) foi comunicada pelos próprios pecuaristas paraguaios da existência do foco.

De acordo com o jornal ABC Color, que hoje trouxe a informação divulgada ontem pelo Campo Grande News, 819 animais da fazenda Santa Helena, administrada pelo presidente da Associação Rural do Paraguai em San Pedro, Silfrido Baumgarten, serão sacrificados, segundo a Senacsa (Secretaria Nacional de Sanidade).

Foco de aftosa foi detectado em fazenda no Departamento de San Pedro.
Foco de aftosa foi detectado em fazenda no Departamento de San Pedro.

Brasil - A suspeita de focos de febre aftosa no Departamento de San Pedro, confirmada hoje, levou autoridades de defesa agropecuária a formarem um pool de inspeção com cinco países – Brasil, Argentina, Bolívia, Chile e o próprio Paraguai.

Do Brasil foi designado um técnico da SFA - Superintendência Federal de Agricultura. Ele segue nesta segunda-feira, 19, ao Paraguai para se juntar a outros técnicos dos países vizinhos.

A secretária de Produção e Desenvolvimento Agrário de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Corrêa da Costa, disse ontem que o governo do Estado foi informado da situação, que ‘é de absoluto controle’ e não há razão para preocupação porque a região onde há suspeita de circulação do vírus não faz fronteira com o Estado.

O Departamento de São Pedro, no entanto, faz divisa com o Departamento de Amambay, que faz fronteira de Mato Grosso do Sul. O local da inspeção fica a aproximadamente 130 quilômetros dessa linha internacional com o Brasil. Os municípios mais próximos são Amambai e Iguatemi.

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