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Economia

Estado baixa decreto e proíbe trânsito de animais na fronteira contra aftosa

Fabiano Arruda | 23/09/2011 17:22

Após o surgimento de foco de febre aftosa no Paraguai, o governo do Estado baixou decreto que proíbe o trânsito de animais na região de fronteira de Mato Grosso do Sul.

O isolamento vai funcionar de forma semelhante à ZAV (Zona de Alta Vigilância) em municípios como Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas.

A região tem cerca de seis mil propriedades rurais e pelo menos 800 mil cabeças de gado.

O decreto, válido por cinco dias, prorrogáveis por mais dez, considera a necessidade de aplicação de medidas sanitárias preventivas, manutenção do status de Estado livre de febre aftosa e prejuízos financeiros.

A exceção, conforme o decreto, são "os produtos e subprodutos de origem animal e vegetal submetidos a processamento industrial suficiente para a inativação do vírus da febre aftosa, com ingresso por meio de barreiras sanitárias que compõem os corredores sanitários, desde que acompanhados da documentação sanitária pertinente".

A medida ainda prevê a convocação, caso necessária, de servidores públicos estaduais para auxílio dos trabalhos.

Vigilância - Em entrevista ao Campo Grande News na tarde desta sexta, a titular da Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo), Tereza Cristina, afirmou que o governo baixaria decreto para disciplinar o trânsito de gados.

A secretária revelou que tem conversado, por meio de teleconferência, por duas vezes ao dia, com integrantes do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para tratar do assunto.

Ela, juntamente com Iagro e Famasul, encerrou hoje reuniões, iniciadas ontem, em sindicatos rurais de Bela Vista, Amambai e Eldorado.

A intenção foi de orientar os produtores sobre o caso e pedir atenção redobrada.

A titular da Seprotur destacou também o reforço do Exército e o comprometimento do ministro da Defesa, Celso Amorim, que sinalizou ontem, durante visita em Dourados, um possível prolongamento da Operação Ágata 2 para cuidar da vigilância contra a aftosa paraguaia.

Presente nos encontros, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, comentou que o foco de aftosa registrado no Estado em 2005 contribui para maior envolvimento de produtores e até comerciantes da região de fronteira.

Riedel chamou atenção também para uma possível antecipação da vacinação contra a aftosa, prevista para 15 de outubro, mas admitiu que é uma questão técnica que ainda precisa ser discutida.

“É necessário também estar em territórios indígenas e assentamentos acompanhando de perto a situação do gado em cada localidade”, comentou o presidente da Famasul.

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