Aftosa obriga Paraguai a suspender exportações de carne por 80 dias
A carne é o segundo item da balança comercial paraguaia. Até este mês o produto significou ingresso de US$ 600 milhões. Os prejuízos com a aftosa devem chegar a US$ 300 milhões.
O presidente Fernando Lugo decretou situação de emergência sanitária na localidade de Sargento Loma, distrito do Departamento de San Pedro, onde ontem foi confirmado foco de febre aftosa na estância Santa Helena, de propriedade da empresa pecuária La Blanca.
O governo paraguaio também anunciou a suspensão das exportações de carne e comunicou os parceiros comerciais sobre o cumprimento dessa norma da OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal). É o tempo necessário para que o governo do Paraguai apresente o plano de controle, bloqueio e erradicação do foco.
Os pecuaristas paraguaios classificaram a perda do status sanitário de área livre com vacinação como um desastre para a economia do país. A carne é o segundo item da balança comercial paraguaia. Até este mês o produto significou ingresso de US$ 600 milhões. Os prejuízos com a aftosa devem chegar a US$ 300 milhões.
O ministro da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro Filho, pediu hoje ao ministro da Defesa, Celso Amorim, apoio para vigiar a fronteira com o Paraguai. Mendes Ribeiro também teria ligado para os governador André Puccinelli (PMDB) oferecendo apoio na vigilância da fronteira, mas essa informação não foi confirmada pelo Parque dos Poderes. O governador cumpre agenda em Rio Brilhante.
O Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Animal) do Paraguai anunciou que já determinou o bloqueio na área onde foi confirmado foco de febre aftosa. Neste domingo à noite o Senacsa, depois de analisar informações de suspeitas de circulação do vírus, confirmou resultados positivos em 13 animais da Estância Santa Helena.
Hoje de manhã o presidente interino do Senacsa, Carlos Simón Van Humbeeck, foi informado pelo presidente Fernando Lugo da decretação de estado de emergência distrital e informou a OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal), que rebaixou o status sanitário do Paraguai.
A propriedade onde foi detectado a febre aftosa é administrada pelo presidente da Associação Rural do Paraguai Regional San Pedro, Silfrido Baumgarten. Na área não sai e nem entra animal.