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Cidades

Impasse continua e definição sobre terras da Buriti fica para 4ª feira

Zana Zaidan | 16/06/2014 17:38

Em meio a uma corrida contra o tempo, a definição sobre a compra das terras da Reserva Buriti, em Sidrolândia, foi adiada, mais uma vez, para o dia 18. Hoje (16), o governador André Puccinelli (PMDB) esteve reunido, na Governadoria, com representantes dos produtores rurais e secretários. Por telefone, participaram o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams.

As negociações duram mais de um ano, mas no dia 31 vence o prazo para que o pagamento seja incluído nos precatórios e o dinheiro saia em 2014. Caso contrário, só em 2015.

De um lado, os produtores rurais não abrem mão dos R$ 124 milhões, apresentados no laudo elaborado por uma empresa particular. Do outro, o Incra, autor do estudo que estipulou a indenização, inicialmente, em R$ 78 milhões que, em seguida, subiu para R$ 80 milhões, após negativa da classe produtiva.

A solução, agora, depende do Incra, considera o secretário-adjunto da Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário e Produção), Pedro Pedrossian Neto. “(O Incra) errou por R$ 44 milhões, e é preciso que volte atrás no valor. O poder de caneta está com a União, mas o governo do Estado está empenhado para fazer valer os R$ 124 milhões, não tem como ser menor que isso”, afirma.

“Os laudos (o privado e o do Incra) foram feitos com metodologias diferentes, mas usamos uma com mais acurácia, mais fidedigno. Então, tudo depende do Incra mudar”, reforçou o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, após a reunião.

Nova reunião – Sem acordo entre as partes, um novo encontro foi marcado para quarta-feira, em Brasília. Pedrossian Neto e o secretário-titular de Produção, Paulo Engel, representando o governo do Estado, além de Riedel e produtores rurais, vão se reunir com representantes do ministério da Justiça, do Desenvolvimento, Incra e da AGU.

Conforme já divulgado pelo Campo Grande News, há uma cobrança da presidente Dilma Rousseff (PT) para que o Incra faça nova avaliação.

“Não sabemos se haverá um recuo do Incra, se será o que pedimos, ou se será intermediário entre os dois. Mas temos pressa, para que tudo esteja definido, valores, área homologada, até o dia 1º de julho”, finaliza Riedel.

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