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Cidades

Inquérito sobre morte de arquiteta ainda aguarda laudos

Redação | 20/07/2010 14:23

O delegado de Polícia Civil Wellington de Oliveira, responsável pelo inquérito que apura a morte da arquiteta Eliane Nogueira, queimada viva em seu próprio carro, no dia 2 de julho, em Campo Grande, ainda não concluiu o inquérito sobre o caso porque está aguardando laudos da perícia.

Embora já tenha claro que o crime foi cometido pelo marido da arquiteta, o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, o delegado disse que os laudos são prova importante e que pretende mandar o caso ao Ministério Público Estadual com todos os documentos anexados.

Os laudos - O delegado explicou que aguarda o laudo do local onde o carro de Eliane foi encontrado incendiado, na rua Manoel da Nóbrega, região do bairro Tiradentes; o laudo feito em uma camiseta apreendida na loja do empresário, lavada, e que pode ter sido usada por ele no dia do crime; e ainda o laudo dos dois vídeos que incriminam o empresário, o primeiro dele chegando em uma conveniência com o carro de Eliane e depois voltando a pé, e o outro que mostra um Volvo vermelho, carro que o empresário possui, entrando na loja dele, na rua José Antônio, na manhã do assassinato.

Só depois que o inquérito for concluído e encaminhado ao Ministério Público Estadual, a prisão do empresário, que é temporária, deve ser convertida em preventiva, conforme o delegado. O prazo da temporária vai até o dia primeiro de agosto, considerando que são trinta dias a partir da ordem de prisão, dada no dia do crime.

O empresário deve ser indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado e ainda por ter provocado um incêndio que chegou a atingir a vegetação.

Luiz Afonso ocupa uma cela da 4ª Delegacia de Policia Civil que tem 3,5 m por 2,5, uma cama, um vaso sanitário e um chuveiro. Como só há dois presos temporários na delegacia, ele está sozinho na cela.

Essa situação pode mudar caso a Justiça realmente transforme a prisão temporária em preventiva. Neste caso, ele iria para uma cela comum da delegacia, que hoje abriga 32 detentos, a maioria presos civis, como por exemplo pessoas que não pagaram pensão alimentícia.

Na delegacia, não há visitas aos presos, por falta de estrutura, como informou o delegado Wellington Oliveira.

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