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Interior

Acusado de tráfico ostentava com corrente de ouro “de entortar pescoço”

Helio de Freitas, de Dourados | 25/11/2017 10:33
Guilherme Bonette em foto postada na rede social; “cuidado com o torcicolo”, comentou uma amiga (Foto: Reprodução/Facebook)
Guilherme Bonette em foto postada na rede social; “cuidado com o torcicolo”, comentou uma amiga (Foto: Reprodução/Facebook)

“Cuidado com o torcicolo”. “Vai entortar o pescoço”. Esses são alguns dos comentários nas fotos que o estudante de agronomia Guilherme Bonette da Silva Souza postava na rede social Facebook ostentando uma grossa corrente de ouro Cartier.

Guilherme foi um dos oito presos na Operação DNA, da Polícia Federal, que na quarta-feira (23) desmantelou uma quadrilha familiar especializada em enviar maconha em caminhões que viajavam com a desculpa de trazer laranja de São Paulo. O negócio legal existia de fato, mas servia apenas para esconder a verdadeira atividade, que era o tráfico de drogas.

O estudante de agronomia foi preso em seu apartamento em um condomínio de alto padrão localizado na Rua Quintino Bocaiúva, área central de Dourados.

Além dele, foram presos Daniel Brass e Maristela Ribeiro Bonette, os dois residentes na Rua José de matos Pereira, no bairro Alto das Paineiras, também área nobre da cidade. No processo que tramita na Justiça estadual não há referência sobre o grau de parentesco que existe entre Guilherme e Maristela, mas a PF informou no dia da operação que a quadrilha era comandada por pessoas da mesma família.

Também estão presos Victor de Mattos Kintschev, residente na Avenida Benfica, em Fátima do Sul, Joacir Siqueira, residente na Rua Tietê, n.º 1235, na Vila Cachoeirinha, bairro da periferia de Dourados e Joel da Silva Souza, morador na Rua Mato-Grossense, no bairro Cohab, em Fátima do Sul.

Depósito onde caminhões do tráfico eram guardados (Foto: Divulgação)
Depósito onde caminhões do tráfico eram guardados (Foto: Divulgação)

Presos - Vagner Cristaldo dos Santos e Daniel Gonçalez também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça por participação na quadrilha, mas os dois já estavam recolhidos desde 18 de setembro deste ano, quando foram interceptados pela Polícia Rodoviária Federal na MS-376, no município de Nova Andradina, com 3,2 toneladas de maconha escondidos embaixo de caixas vazias de laranja.

O Campo Grande News apurou que um dos caminhões apreendidos durante a Operação DNA está registrado em nome de Daniel Brass. Outros dois estão em nome da Brass Transportes, que tem sede no bairro Parque do Lago, em Dourados.

Segundo a PF, a quadrilha usava empresas de transporte para fazer a lavagem do dinheiro do tráfico. O patrimônio da quadrilha confiscado por ordem judicial se aproxima de R$ 4 milhões, segundo a PF. Cinco imóveis já foram sequestrados, sendo três casas e duas chácaras onde a droga era armazenada em galpões. A maconha ficava estocada em Dourados e Vicentina até ser levada para SP, Minas Gerais, Rio e Paraná.

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