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Interior

Advogado que matou ex-presidente do PSL tentou forjar álibi

Suspeito enviou mensagens para o celular da vítima mesmo depois de matá-la

Clayton Neves | 10/06/2021 17:00
Carro de Alexandre no posto de combustível abastecendo e lavando os vidros em posto de gasolina. (Foto: Reprodução/Jornal da Nova)
Carro de Alexandre no posto de combustível abastecendo e lavando os vidros em posto de gasolina. (Foto: Reprodução/Jornal da Nova)

Após perícia no conteúdo de um dos três celulares apreendidos do advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, a Polícia Civil levantou indícios de que ele tentou forjar um álibi para a morte de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, ex-presidente do Diretório Municipal do PSL (Partido Social Liberal), em Nova Andradina. Nas análises, investigadores identificaram que ele enviou mensagens para o celular da vítima mesmo depois de matá-la.

Depois de um dia inteiro de conversas por mensagens, vítima e autor se encontraram pouco antes das 19 horas. Às 19h57 Fernanda já estava morta, mas ainda assim, o criminoso envia mensagem e um áudio junto de um amigo, avisando que os dois iriam sair para tomar mate e conversar. Para a polícia, essa foi uma tentativa de criar um álibi.

Já junto dos amigos, Alexandre passou a fazer várias selfies e vídeos. Comportamento suspeito que, inclusive, levantou a suspeita de quem estava com ele. Uma nova tentativa de apresentar justificativa e tirar o foco da polícia de cima dele.

Depois de se despedir, ele passa em um posto de gasolina e pede para que o carro seja lavado. Tudo é filmado por câmeras de segurança do estabelecimento.

Um dia depois do crime, horas após o corpo da vítima ser encontrado. O suspeito conversou com um amigo sobre o crime.“Ah, eu não sei. Só estou vendo esses negócios aí dos jornais. negócio chato pra p***, cara. A gente estava tão bem, dava risada, brincava, namorava”, comentou. Cinco dias depois, o advogado foi preso pela morte da namorada.

O crime - O corpo de Fernanda Daniele Santos foi encontrado no dia 29 de abril, por volta das 6h20, em plantação de milho perto da MS-276, entre Nova Andradina e Batayporã. Fernanda foi degolada e o corpo arrastado para o local.

Prints de mensagens trocadas pela vítima reforçam a tese de que ciúmes foi a principal motivação para a morte. Depoimentos e mensagens printadas, no notebook e celular de Fernanda, mostram que ela conversava com outros homens além do advogado, o que pode ter causado ciúmes em Alexandre.

Conforme testemunhas, o advogado prometia se casar com Fernanda, mas estava em processo de divórcio e não deixava a casa da antiga mulher.

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