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Interior

Advogados da fronteira são denunciados por lavagem de dinheiro do tráfico

Profissionais, entre eles ex-marido de promotora, são acusados de ligação com Jarvis Gimenes Pavão

Por Helio de Freitas, de Dourados | 17/07/2024 09:59
Daniel Montenegro Meneses, no dia em que foi preso pela Senad, em Pedro Juan (Foto: Arquivo)
Daniel Montenegro Meneses, no dia em que foi preso pela Senad, em Pedro Juan (Foto: Arquivo)

Três advogados renomados da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul foram denunciados pelo Ministério Público daquele país por suposto envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro do cartel de drogas controlado pelo sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, o “Barão das Drogas”.

Adrián Rolando Brizuela Olmedo, Daniel Montenegro Meneses e Alfredo Duarte Montiel estão entre as 24 pessoas acusadas formalmente por lavagem de dinheiro e associação criminosa no âmbito da Operação Pavo Real Paraguai, deflagrada em julho de 2023.

Os três foram presos, ficaram vários meses recolhidos e atualmente cumprem prisão domiciliar. Na época da prisão, Daniel Montenegro era marido da promotora de Justiça Katia Uemura, de Pedro Juan Caballero, cidade-gêmea de Ponta Porã (MS). Atualmente eles estão separados.

De acordo com os promotores Osmar Segovia, Ingrid Cubilla e Elva Cáceres, da força-tarefa contra o narcotráfico e crime organizado, os advogados atuavam em ações relacionadas aos bens móveis e imóveis do Clã Pavão e tinham conhecimento da origem ilegal do patrimônio.

Segundo a denúncia, Adrián Rolando Brizuela Olmedo, além de prestar serviços ao grupo criminoso, passou a administrar os bens da organização após a extradição de Jarvis Pavão ao Brasil, em 2017. Atualmente, o narcotraficante cumpre pena no presídio federal de Brasília.

Segundo a denúncia, Brizuela interferiu em transações de compra e venda de bens que pertenciam a Jarvis Pavão com o objetivo de encobrir a origem do patrimônio. Ele mantinha, conforme os promotores, estreita ligação com Luan Chimenes Nascimento, filho de Jarvis Pavão.

Já Daniel Montenegro e Alfredo Duarte, ainda conforme a denúncia, integravam empresas vinculadas à organização e que formavam uma rede de lavagem de dinheiro. Montenegro também é acusado de adotar manobras jurídicas para esconder a venda dos bens através da transferência para terceiros e depois para membros da família de Jarvis Pavão.

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