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Interior

Mãe, irmão, filhos e padrasto do “Barão das Drogas” estão foragidos

Dos 41 denunciados por lavagem de dinheiro do tráfico, oito têm parentesco com Jarvis Pavão

Helio de Freitas, de Dourados | 12/07/2023 16:26
Presos na Operação Pavo Real quando chegavam à carceragem da polícia, em Asunción (Foto: ABC Color)
Presos na Operação Pavo Real quando chegavam à carceragem da polícia, em Asunción (Foto: ABC Color)

Das 41 pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Paraguai por envolvimento na rede de lavagem de dinheiro de Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como “Barão das Drogas”, oito possuem grau de parentesco com o narcotraficante sul-mato-grossense, atualmente recolhido no presídio federal de Brasília.

Os implicados foram alvos de mandados de busca e de prisão na segunda-feira (10), na fase paraguaia da Operação Pavo Real, deflagrada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). Doze pessoas foram presas, mas nenhuma delas é da família de Pavão. Os outros 29 são considerados foragidos, entre eles os parentes de Jarvis.

Na lista dos 41 denunciados estão a atual esposa Tallessa Ariany Santos da Silva Pavão; a mãe de Jarvis, Nair Gimenes; o marido dela Paulo Larson Dias; o irmão por parte de mãe Alexandre Rodrigo Gimenes Larson; o filho e sucessor nos negócios Luan Nascimento Pavão; a filha do primeiro casamento Suellen Monique Martinez Pavão; o marido dela Juan Leandro Marques Alvarenga e a ex-cunhada Rosely Messias da Silva Pavão, viúva de Rony Gimenes Pavão, executado no dia 14 de março de 2017 quando saía a academia, em Ponta Porã.

Também integram a lista de denunciados os 12 presos segunda-feira: Adrián Rolando Brizuela Olmedo, Alfredo Duarte Montiel, Daniel Montenegro Menezes (marido da promotora Katia Uemura), Carlos Andres Olenik Memmel, Gabriela Esther Gonzalez Jacquet, Pedro Pablo Seall Melgarejo, Lilian Haydee Ayala de Silva, Jorge Fernando Mora Galeano, Renán Gilberto Mora Benítez, María Cristina González Ibarra, Nancy del Carmen Alfonzo Prieto e Raquel Amaro Fernández.

Os outros 21 denunciados são: Gandhi Jacob Kabad Costa, Angela Maria Kunrath, Milciades Gonzalez Sanguina, Olga Elena de Souza, Amilcar Battaglin de Souza, Alexandre Reichardt de Souza, Cesar Agustin Corvalan Pavón, César Nicolás Fernández González, Esteban Rodríguez, Alberto Manuel Barboza Beraud, Aroldo de Moura Pereira, Jorge Alberto Graunke, Ronaldo Adalberto Serratti Duarte, Evaldo Andrade dos Santos, Gustavo Aníbal Medina Carneiro, Zunilda Ferreira Escobar, Marcos Raúl Aveiro Mendoza, Telma Elizabeth Grión, Ricardo Sanabria Ferreira, Sonia Lorena Arce Cáceres e Victor Hugo Paniagua Filho.

O advogado Daniel Montenegro, preso em Pedro Juan Caballero (Foto: ABC Color)
O advogado Daniel Montenegro, preso em Pedro Juan Caballero (Foto: ABC Color)

Audiências – Hoje de manhã, os 12 presos foram levados para a sede do Departamento Judicial da Polícia Nacional, na capital Asunción, para serem formalmente indiciados por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ontem, o Poder Judiciário já havia admitido a denúncia do MP contra os 41 implicados.

Ontem, o juiz de Combate ao Crime Organizado, Gustavo Amarilla, decretou a prisão preventiva de oito dos detidos e três vão ficar em prisão domiciliar.

Adrián Rolando Brizuela Olmedo, Alfredo Duarte Montiel, Jorge Fernando Mora, Daniel Montenegro e Carlos Andrés Oleñik Memmel foram enviados para a Penitenciária Nacional de Tacumbú.

Gabriela Esther González Jacquet, Nancy del Carmen Alfonzo Prieto e María Cristina González Ibarra vão permanecer no presídio feminino Bom Pastor. Lilian Haydée Ayala da Silva, Raquel Amaro Fernández, Renán Gilberto Mora Benítez e Pedro Pablo Seal Melgarejo ficam em prisão domiciliar.

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