Agência antidrogas restaura áreas degradadas por plantadores de maconha
Projeto piloto foi iniciado em mata devastada pelos traficantes perto da fronteira com MS
A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai iniciou nesta segunda-feira (18) um projeto piloto para restaurar áreas de matas degradadas por plantadores de maconha. A primeira ação da “Operação Restaurar” ocorre no departamento de Amambay, na linha internacional com Mato Grosso do Sul.
O trabalho envolve agentes da Senad, equipes da Força Aérea do Paraguai e técnicos do Instituto Florestal Nacional para reflorestamento com espécies nativas e que se adaptam às condições climáticas e de solo da região.
Para dificultar a localização dos cultivos da droga, os traficantes devastam áreas preservadas e plantam a erva no meio no meio da mata, principalmente em parques de proteção ambiental.
Segundo a Senad, o projeto é sem precedentes em território paraguaio e vai ajudar a preservar o meio ambiente. “As organizações criminosas ingressam ilegalmente em áreas de reserva de propriedades privadas e parques nacionais e fazem o desmatamento para estabelecer cultivos de maconha”, afirmou a agência, em nota oficial.
A faixa de fronteira da região norte do Paraguai com Mato Grosso do Sul disputa com o Marrocos o título de maior produtora de maconha no mundo. Apesar das seguidas ações de forças policiais dos dois países, o cultivo segue em grande escala.
Só na 42ª Operação Nova Aliança, encerrada na semana passada, 290 hectares de roças de maconha foram destruídos. Contando os 21 mil quilos já processados, a produção renderia quase 900 toneladas da droga pronta para o consumo.
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