Agentes encontram quase 9 quilos de drogas em celas do maior presídio de MS
Descoberta ocorre 6 dias após dois policiais penais serem presos por fornecer droga a detentos
Quase 9 quilos de drogas foram encontrados durante revista em celas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A apreensão ocorre menos de uma semana após a prisão de dois policiais penais acusados de fornecer drogas e munições aos detentos (leia abaixo).
Com pelo menos 2.500 presos, o presídio de Dourados é o maior de Mato Groso do Sul. Com apoio de agentes do Cope (Comando de Operações Penitenciárias), policiais penais revistaram as celas e encontraram droga em dois “alojamentos” do Raio 3-a. O pavilhão abriga presos da chamada oposição ao PCC (que ocupa o raio 2) e os trabalhadores e estudantes.
Na cela 1 foram encontrados 200 gramas de maconha e 56 gramas de cocaína. José Marcos dos Santos da Silva, 28, assumiu ser dono da droga. Natural de São Miguel dos Campos (AL), ele está preso desde 2020, após ser flagrado com 800 quilos de maconha no anel viário de Dourados.
Já na cela 2 do mesmo pavilhão, os agentes encontraram 7,8 quilos de maconha e 542 gramas de cocaína. O goiano Adauto José da Silva Filho, 33, assumiu a “bronca”.
Ele também está preso desde 2020, quando foi flagrado com 470 quilos de maconha em Coronel Sapucaia. A revista foi ontem, mas os dois foram levados hoje (26) para a Polícia Civil, para serem autuados em flagrante por tráfico de drogas.
Agentes presos – No início da madrugada de sexta-feira (20), os policiais penais Iran Alberto Coelho Misael e Robson Magno Haveroth foram presos em flagrante por agentes do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).
Os dois já vinham sendo investigados há algum tempo. No momento da prisão, policiais do Dracco estavam no presídio para monitorar os movimentos dos suspeitos e flagraram o momento em que Robson entrou no presídio com drogas e munições na mochila.
Iran Alberto estava na portaria e foi preso suspeito de fazer “vistas grossas” para o colega entrar com os materiais ilícitos. No mesmo dia os dois foram levados para Campo Grande, mas a Justiça soltou Iran por falta de provas do envolvimento dele nos crimes. Robson segue preso.