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Interior

Aos poucos, sem-terra liberam motoristas de bloqueio na BR-262

Ricardo Campos Jr. | 25/07/2017 10:41
Fila de veículos parados durante protesto de sem--terra na BR-262 (Foto: Direto das Ruas)
Fila de veículos parados durante protesto de sem--terra na BR-262 (Foto: Direto das Ruas)

Manifestantes sem-terra que bloqueiam a BR-262 perto de Dois Irmãos do Buriti, a 83 quilômetros de Campo Grande, estão liberando aos poucos os motoristas que ficaram parados no congestionamento formado pelo protesto, que ultrapassou três quilômetros e durou quase três horas.

A professora Elinéia Cardoso afirma que de cinco em cinco minutos um grupo de condutores é autorizado a seguir viagem.

Ela dá aulas em Dois Irmãos, mas mora em outra cidade. Acordou hoje às 4h30 da madrugada e deixou para tomar o café da manhã na escola, mas teve o trajeto impedido pelos sem-terra e acabou ficando em jejum.

“Cheguei 6h20 no Redondo, fui liberada agora para sair e estou com fome, não comi nada hoje”, reclama a trabalhadora.

Várias pessoas que pegaram a estrada por motivos profissionais foram prejudicados pelo manifesto, cujas reivindicações ainda são desconhecidas.

Sem-terra estão liberando motoristas de cinco em cinco minutos (Foto: Direto das Ruas)
Sem-terra estão liberando motoristas de cinco em cinco minutos (Foto: Direto das Ruas)

Um internauta que trabalha em uma concessionária de motos estava a caminho de Miranda para levar veículos de clientes quando se deparou com a situação, prejudicando e atrasando a entrega das encomendas.

Segundo ele, há vários barracos montados às margens da rodovia no trecho perto de uma rotatória, mas do ponto em que ele está parado no congestionamento não é possível enxergar quantas pessoas estão participando do bloqueio.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) afirma ter enviado equipes ao local para avaliar a situação e controlar o trânsito. A corporação até o momento não informou de qual movimento agrário pertencem os manifestantes e tampouco quais as exigências ligadas à reforma agrária eles fazem.

O Campo Grande News entrou em contato com diversos movimentos de sem-terra. A direção do FNL (Frente Nacional de Luta) informou que a entidade não é responsável pela manifestação.

Dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), MSTB (Movimento Sem Terra Brasileiro) e do MCLRA (Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária) não foram encontrados pela reportagem.

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