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Interior

Após assassinato, polícia vai transferir quatro investigadores da fronteira

Mariana Castelar e Leonardo Rocha | 29/06/2016 15:14
Policial foi morto a tiros dentro de uma academia. (Foto: Direto das Ruas)
Policial foi morto a tiros dentro de uma academia. (Foto: Direto das Ruas)

Após a execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior, no dia 14 deste mês em Paranhos - distante - 469 km de Campo Grande, quatro investigadores da Polícia Civil do município serão transferidos. Desde a morte, equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da PM (Polícia Militar) estão reforçando a segurança na região. 

De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas Lopes, dois investigadores que serão transferidos estão envolvidos com uma postagem publicada no Facebook dizendo "que a violência ao crime em Paranhos ou se corrompia ou se enfrentava e eles iriam enfrentar". “Essa postagem é uma das linhas de investigação, que é a do crime organizado, e por motivo de segurança irão para outro local”, declara Vargas. Já os outros dois fizeram o pedido alegando que estavam sendo ameaçados de morte.

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) confirma a saída dos policiais da fronteira e enfatiza que é necessário a renovação da equipe. “Quando acontecem crimes como este, se gera uma instabilidade nos policiais de fronteira. A Sejusp e Polícia Civil ja estão fazendo remanejamento de policiais mais antigos que estão na fronteira para policiais novos para oxigenear o trabalho”, declara.

Em contrapartida, o governador declara que a investigação da morte do policial está avançando e que os bandidos já foram reconhecidos e estão no Paraguai. “Estamos em contato com o governo paraguaio para ajudar a capturar os bandidos”.

Reforçando que não há um esvaziamento do contingente, o Delegado Geral afirma que ocorrerá apenas uma permuta. “Se um policial de Paranhos vai para Corumbá. Um de lá vem para cá e assim, sucessivamente”. Segundo ele, o reforço não ocorre apenas para investigar a morte do policiais. “Houve também o fortalecimento da fronteira em razão dessa onda de violência que está ocorrendo na fronteira”, reforça Vargas.

O delegado ainda afirma que é impossível fechar a fronteira, já que são 700 km de linha seca. “Nem se nós construíssemos a muralha da China entre o Paraguai e Brasil, a gente não conseguiria conter os problemas ocasionados pela divisa”, declara.

Para aumentar a segurança, Azambuja aguarda uma resposta do Ministério da Justiça, que ficou de lançar um programa especifico para a fronteira. “Também esperamos um efetivo maior da Polícia Federal”, enfatiza.

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