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Interior

Após calote, empresários fecham 262 para cobrar R$ 12 mi da Petrobras

Caroline Maldonado | 19/01/2015 09:30
Empresários contraíram dívidas e podem decretar falência sem pagamento da Petrobras (Foto: Perfil News)
Empresários contraíram dívidas e podem decretar falência sem pagamento da Petrobras (Foto: Perfil News)

Empresários de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, bloquearam nesta manhã a passagem na BR-262, na ponte da barragem de Jupiá, sobre o Rio Paraná. Mais de 40 pessoas, protestam para receber da Petrobras dívida de aproximadamente R$ 12 milhões relativas ao fornecimento de produtos a obra da da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados). Em todo o Estado, o consórcio responsável pela obra, agora paralisada, deve cerca de R$ 25 milhões.

Com diversas faixas cobrando o pagamento, os manifestantes pretendem permanecer no local até as 12h. Equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) acompanha a manifestação, de acordo com o jornal Perfil News.

Neste mês foi realizada uma reunião, por videoconferência, entre empresários e representantes da Petrobras, em seguida, foi marcado novo encontro para a última terça-feira (13), que não aconteceu.

As negociações tiveram a participação da prefeita Márcia Moura (PMDB) e do presidente da ACETL (Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas), Atílio D’Agosto, que já pediram providências até ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O empresários contraíram dívidas para atender a obra e muitos devem fechar as portas caso não a dívida não seja quitada.

“Muitas empresas devem decretar falência na cidade por falta de dinheiro para pagar o que devem no comércio e com seus funcionários; esse empreendimento é de suma importância para o país, mas tamanha dívida está quebrando o setor empresarial do município”, disse o presidente da ACETL.

Obra – Com o investimento de mais de 4 bilhões, a UFN 3 deveria estar pronta em dezembro de 2014 e seria a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina. Mas em meados do ano passado, as empresas responsáveis pela obra, Galvão, Sinopec e GDK deixaram de pagar funcionários e fornecedores. Demitidos, quase três mil funcionários também fizeram protestos para receber seus pagamentos, que foram liberados em dezembro de 2014, pouco antes do Natal.

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