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Interior

Após consulta do Exército, Iphan nega demolição de casas no Forte Coimbra

Tainá Jara e Gabriela Couto | 20/04/2021 13:59
Forte Coimbra localizado às margens do Rio Paraguai, em Corumbá (Foto: Divulgação/Iphan-MS)
Forte Coimbra localizado às margens do Rio Paraguai, em Corumbá (Foto: Divulgação/Iphan-MS)

O Iphan-MS (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) impediu a demolição de casas do Forte Coimbra, construção militar do século XVIII, localizada em Corumbá, distante 420 quilômetros de Campo Grande. O local é tombado como patrimônio histórico do município fronteiriço.

Em nota, o instituto afirmou que foi enviado um parecer ao Exército, no dia 25 de março, indeferindo o requerimento para a demolição das 10 casas. As estruturas estão localizadas dentro da área tombada, que compreende um raio de 500 metros do centro da Fortificação. O pedido foi protocolado pelos militares no dia 3 de março.

O patrimônio foi construído em formato irregular, por estar instalado estrategicamente em um barranco às margens do Rio Paraguai. No local há uma capela, uma casa de pólvora, um alojamento, pátios internos e a muralha com os baluartes. Também estão localizados alguns canhões da Marinha dentro da estrutura.

Desde 2019, o local é analisado para ser reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco. Moradores de Corumbá já fizeram abaixo-assinado para evitar a demolição e o caso foi debatido na Assembleia Legislativa.

História - O Forte de Coimbra foi o primeiro a ser erguido a partir de uma ordem da Coroa Portuguesa para a construção de fortificações militares em alguns pontos do rio Paraguai, a partir de 1775.

Durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), teve papel importante nas batalhas travadas, sendo fundamental para a consolidação da fronteira oeste do Brasil. Em 1974, o Forte Coimbra foi tombado pelo Iphan e, atualmente, é administrado pelo Exército Brasileiro, que tem como atrações a visita à parte alta da construção, de onde se observa o rio Paraguai ao lado de antigos canhões, além do passeio à vila de moradores e à gruta Buraco do Suturno.

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