Após denúncia de ameaças a indígenas, Justiça autoriza uso de Força Nacional
Portaria assinada pelo ministro Flávio Dino autoriza emprego das equipes por prazo de 90 dias
Portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública autoriza emprego da Força Nacional na região de fronteira e aldeias indígenas da região do conesul de Mato Grosso do Sul. A medida foi publicada hoje no Diário Oficial da União, três dias após denúncia de ataque à comunidade indígena em Iguatemi, a 412 km de Campo Grande.
Na portaria assinada pelo ministro Flavio Dino, consta que o emprego da Força Nacional, em apoio à Polícia Federal, é válido por 90 dias.
O grupo atuará “nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”.
No dia 16, a PF iniciou investigação sobre novo ataque contra a comunidade indígena de Pyelito Kue/Mbaraka’y, na fronteira com Paraguai, que denuncia ter sido vítima de ataque de jagunços.
Há pelo menos 12 anos, os indígenas lutam pela demarcação das terras. A fazenda tem 2.387 hectares e faz parte da Terra Indígena Iguatemipegua I, apontada em estudo antropológico da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
No dia 20 de novembro, também em Iguatemi, o fotojornalista canadense Renaud Phillipe, 39 anos, a antropóloga e cineasta Ana Carolina Mira Porto, 38 anos, e o engenheiro florestal Renato Farac denunciaram terem sido vítimas de agressão por seguranças de fazenda na região.
O casal de documentarista estava em MS para produzir documentário sobre conflito fundiário na região e Farac auxiliava no trabalho em Iguatemi. O caso segue em investigação pela PF.
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