Após rios ficarem turvos, Bonito quer plano de drenagem até outubro
"É um projeto caro, a longo prazo e que buscará recursos internacionais", disse o prefeito Josmail Rodrigues
Durante coletiva de imprensa na inauguração do polo Sebrae de Ecoturismo, em Bonito, o prefeito Josmail Rodrigues (PSB) disse que um plano de drenagem está em estudo. Para a reportagem, o gestor municipal pontuou que a ação tem parceria com o Governo do Estado.
No evento, realizado durante a noite desta terça-feira (16), Josmail disse que a conclusão do projeto será a longo prazo. "É um projeto caro, a longo prazo, que pode ultrapassar três dígitos e 15 anos de ações conjuntas. Para arrecadar, podemos usar dinheiro estrangeiro ou público-privada".
"Tudo para parar de ter prejuízos. Acredito que até agosto deste ano devemos lançar uma parceria. Não só urbano como rural. O turvamento atingiu nosso meio ambiente e ecoturismo. Estamos buscando um planejamento futuro, junto com a Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul), para tentar lançar até o aniversário da cidade", disse o gestor de Bonito.
Conforme noticiado em vários momentos pelo Campo Grande News, a região foi a mais afetada durante o período de chuvas no Estado. Na época, turistas que compraram passeios para conhecer as águas cristalinas dos balneários dos rios da região se frustraram com o cenário.
A chuva foi tão impactante que o Eco Parque Porto da Ilha suspendeu as atividades por conta do volume da água do Rio Formoso. A alternativa das agências para o turista foi oferecer a troca do passeio.
A turbidez é causada por partículas sólidas em suspensão, como argila e matéria orgânica. Por dentro dos rios, a impressão que se está passando por “nuvens” de poeira. Esses sedimentos são levados até o rio pela chuva. Muita sujeira também chegou aos rios cristalinos levada pela enxurrada. Estradas da região ficaram tomadas de lama em mais de uma ocasião, ficando intransitáveis.
Conforme a bióloga e representante do Conselho Regional de Biologia, Ana Cláudia de Almeida, a situação é bastante preocupante. “Com a chuva, desce o sedimento e pode alterar as comunidades biológicas do rio e das margens”.