Após três mortes por gripe, equipe de saúde promete reforçar atendimento
Suspensão das aulas em escolas públicas chegou a ser discutida em reunião hoje de manhã, mas medida foi descartada por enquanto
As aulas das escolas públicas de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande, serão mantidas, mesmo com o risco de uma epidemia de gripe transmitida pelo vírus H1N1. A suspensão do calendário letivo chegou a ser discutida no município, mas em reunião hoje, autoridades municipais decidiram manter as aulas.
Diretores e coordenadores de escolas estaduais e municipais participaram da reunião. Segundo a prefeitura, diante de vários boatos referentes a uma epidemia do vírus H1N1, moradores e autoridades ficaram em alerta e foi cogitada a suspensão das aulas.
“A recomendação é para que à população evite levar filhos que estiverem gripados para as escolas”, afirmou a prefeitura, em nota.
A gerente de Saúde de Naviraí, Anelize Coelho, disse que o hospital municipal está preparado para atender a população que for às unidades de saúde na busca de tratamento.
“Temos medicamento, médicos, enfermeiros equipados com máscara, luvas e avental para proteger pacientes e funcionários”, afirmou a gerente.
Ela lembra que o importante é orientar os moradores a tomarem medidas simples em casa, que podem prevenir o vírus H1N1. “As pessoas devem lavar as mãos com frequência durante o dia e usar álcool em gel, deixar as portas e janelas de casas abertas, bem como evitar o uso de pano para higiene nasal”, explicou Anelize.
De acordo com dados oficiais do Lacen/MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul), até a manhã desta segunda-feira foram notificados 12 casos de H1N1 em Naviraí, sendo dez confirmados e dois descartados. Três mulheres, com idade de 66, 59 e 56 anos morreram na semana passada.
Daniela Queiroz, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, informou que a intenção da saúde pública de Naviraí é vacinar nove mil pessoas dos grupos de risco determinados pelo Ministério da Saúde.
Devem tomar a vacina crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas com doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade. “Até sexta-feira, 60% dessa população dessa faixa receberam a vacina”, disse Daniela.