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Interior

Assassinato no shopping faz um mês dia 8 e policial espera habeas corpus

Tribunal negou liminar, mas ainda vai julgar liberdade para Dijavan Batista dos Santos, que matou bioquímico em sala de cinema

Helio de Freitas, de Dourados | 05/08/2019 16:36
Dijavan Batista dos Santos está no Presídio Militar, em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Dijavan Batista dos Santos está no Presídio Militar, em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Quinta-feira, dia 8, faz um mês que o bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho, 43, foi morto com um tiro dentro da sala 1 do cinema do Shopping Avenida Center, em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Autuado em flagrante pelo crime, o cabo da Polícia Militar Dijavan Batista dos Santos, 37, continua recolhido no Presídio Militar, na Capital.

Leonardo Arosio, um dos advogados que atuam na defesa do PM, disse hoje (5) que foi impetrado habeas corpus no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas a Corte negou liminar e agora o pedido vai ser julgado pela turma criminal em data não informada.

O advogado afirmou que ainda faltam ser anexados ao inquérito os laudos da perícia feita no celular do policial e no vídeo gravado dentro do cinema. Nas imagens é possível perceber o início da discussão envolvendo Julio Cesar, o policial e o filho do PM, um adolescente de 14 anos.

Arosio disse que o laudo da perícia já entregue ao Judiciário aponta que o tiro que matou o bioquímico foi “de baixo para cima”.

Dijavan alega que a arma, uma pistola calibre 40 sem registro, disparou no momento em que Julio Cesar teria investido contra ele. O tiro acertou o bioquímico no peito e transfixou na cabeça (de baixo para cima). Julio Cesar morreu no local.

Mesmo o policial tendo alegado disparo acidental, o delegado Francis Flávio Tadano Araújo Freire, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, o indiciou por homicídio. O inquérito foi concluído no dia 18 do mês passado.

Em nota encaminhada pela Polícia Civil no dia em que o inquérito foi enviado ao Judiciário, o delegado afirma que as imagens do sistema de câmeras do cinema ratificaram as provas testemunhas de que, antes do disparo, a vítima teria agredido fisicamente o policial.

Entretanto, o indiciamento por homicídio foi mantido ao final do inquérito “haja vista a existência da versão que o disparo da arma de fogo ocorreu quando a contenda tinha momentaneamente encerrado”. Durante os dez dias de inquérito foram ouvidas 20 testemunhas e feitas oito perícias e 13 audiências.

A investigação comprovou que a morte de Julio Cesar ocorreu por traumatismo crânio-encefálico produzido por projétil de arma de fogo. “Ficou esclarecido que ocorreu um único disparo a curta distância”, segundo a polícia.

Dijavan estava armado com uma pistola marca Smith & Wesson sem registro, ou seja, uma arma ilegal. Ele alegou em depoimento que ganhou a arma do pai, já morto, e usava por ser mais fácil de carregar junto ao corpo. Esse modelo de arma é menor que a pistola da Polícia Militar.

A Polícia Civil concluiu que a discussão entre autor e vítima começou por conta da ocupação indevida da poltrona escolhida pelo filho do PM no momento de comprar o ingresso para assistir ao filme Homem Aranha - Longe de Casa.

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