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Interior

Braço financeiro de “Cabeça Branca” é preso na fronteira com MS

Brasileiro Eduardo Fernando de Oliveira Moleirinho foi preso hoje em Pedro Juan Caballero; ele é acusado de comprar gado com dinheiro de traficante internacional

Helio de Freitas, de Dourados | 25/07/2018 16:19
Eduardo Moleirinho, preso hoje, posa para foto em pescaria de tucunaré, em 2017 (Reprodução/Facebook)
Eduardo Moleirinho, preso hoje, posa para foto em pescaria de tucunaré, em 2017 (Reprodução/Facebook)

O brasileiro Eduardo Fernando de Oliveira Moleirinho, apontado como o braço financeiro do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, foi preso nesta tarde em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Com o rosto transformado por cirurgias plásticas e preso no dia 1º de julho do ano passado em uma padaria de Sorriso (MT), Cabeça Branca é apontado como um dos maiores traficantes de cocaína da América do Sul. Atualmente ele está recolhido no presídio federal de Catanduvas (PR).

Procurado por lavagem de dinheiro, Eduardo Moleirinho foi preso por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e do Ministério Público paraguaio quando transitava pelo centro de Pedro Juan Caballero em uma caminhonete Toyota Fortuner preta, em nome da empresa Lusipar Agropecuária, localizada no departamento de San Pedro.

Mandados de busca foram cumpridos na estância Lusipar e em dois escritórios em Pedro Juan Caballero. Centenas de cabeças de gado foram confiscadas.

Segundo a Senad, Eduardo Moleirinho, que é natural do Paraná e mantém residência em Maringá, é o principal operador de “Cabeça Branca” para lavagem do dinheiro do tráfico, “branqueado” através da compra de bois.

A Senad informou que durante as investigações foram descobertas remessas de dinheiro de contas brasileiras para o Paraguai, todas vinculadas a Bruno César Payão Rocha e Rafael Pigozzo Rocha, os dois filhos de Cabeça Branca.

Ainda em 2017, as autoridades paraguaias descobriram que Eduardo Moleirinho ajudou a esconder o dinheiro enviado do Brasil através de operações financeiras, compra de veículos de luxo e bois através de operações de fachada.

Moleirinho é acusado de ser importante membro da estrutura econômica criada para legalizar o dinheiro oriundo do tráfico internacional de drogas através da sociedade anônima comandada pelo brasileiro preso hoje na fronteira.

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