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Interior

Câmara decide nesta terça se abre processo de cassação de Wallas Milfont

Prefeito é acusado de receber dinheiro do Ministério da Saúde e do governo do Estado para duas unidades de ESF que não existem, segundo vereador oposicionista

Helio de Freitas, de Dourados | 17/11/2015 09:09
Sessão da Câmara de Itaporã, na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação)
Sessão da Câmara de Itaporã, na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação)

A Câmara de Vereadores de Itaporã, cidade a 227 km de Campo Grande, decide nesta terça-feira (17) se o prefeito Wallas Milfont (PDT) vai ou não enfrentar um processo de cassação por improbidade administrativa devido a suposta irregularidade na aplicação de recursos federais destinados à saúde.

Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi instaurada para apurar denúncia de que o município teria recebido dinheiro do Ministério da Saúde e do governo do Estado para duas unidades do ESF (Estratégia Saúde da Família). O relator da comissão, Gladstone Rafael da Silva (PTB), que faz oposição a Milfont, apontou no relatório que as unidades não existem.

Ao Campo Grande News, Gladstone disse que as irregularidades foram comprovadas pela CPI e que o município terá de devolver pelo menos R$ 600 mil ao Ministério da Saúde. “O relatório da CPI já foi aprovado. Na sessão de hoje a Câmara vai decidir se abre ou não o processo de cassação”, explicou.

Prefeito tem maioria – Dos 11 vereadores de Itaporã, cidade de 22 mil habitantes localizada a 20 km de Dourados, seis apoiam o prefeito. “Tenho cinco votos pela abertura do processo de cassação, mas estamos conversando com os demais, para mostrar que as irregularidades são passíveis de perda de mandato. Vou defender a cassação do prefeito”, afirmou Gladstone. Segundo ele, a saúde do município “está acabada”.

“A CPI foi criada após algumas denúncias de que foram criados dois ESFs, que fisicamente não existem. Esses postos ‘fantasmas’ ficaram recebendo dinheiro estadual e federal durante um ano, cerca de R$ 460 mil. Recentemente recebi um relatório da Secretaria de Saúde do Estado comprovando que receberam o dinheiro e gastaram em outra coisa. Tudo isso foi incluído no relatório da CPI, que agora se transformou em pedido de abertura de processo de cassação”, afirma Gladstone.

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