Casal que mantinha empresa de fachada para “Cabeça Branca” é preso
Os suspeitos administravam as empresas usadas no Paraguai para lavagem do dinheiro do tráfico drogas
A polícia paraguaia cumpriu na manhã deste sábado (9) mandados de prisão contra laranjas do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”. Conforme as investigações, os suspeitos - um advogado de 46 anos e a mulher, de 41 - comandavam empresas de fachada para esconder o dinheiro adquirido com o tráfico de drogas.
Segundo a polícia, ao lado da mulher, identificada como Liz Augustina Benitez de Arevalos, o advogado Arevalos Luis Arnaldo Sanabria administrava as empresas usadas no Paraguai para lavagem do dinheiro do tráfico a mando de Cabeça Branca e ainda dava suporte jurídico a ele e aos dois filhos, Rafael Pigozzo Rocha e Bruno César Payao Rocha.
A operação que resultou na prisão do casal aconteceu nesta manhã, na casa em que eles moravam na cidade paraguaia Coronel Oviedo. Além da prisão, as equipes cumpriram mandado de busca e apreensão e apreenderam uma Van que estava em nome de uma das empresas: a "Aka Moroti Comercial, Agropecuária e Pecuária”.
Cabeça Branca agia com mão de ferro e através da violência para controlar o milionário esquema para mandar cargas de cocaína para países europeus. Foi investigado por pelo menos 30 anos, mas a polícia não chegava até ele porque, segundo a PF, o traficante operava sem chamar a atenção e sem se envolver diretamente com os carregamentos.
O narcotraficante ainda foi sócio de Jorge Rafaat Toumani e por muitos anos operou na fronteira com Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Federal, Cabeça Branca montou um “mar de terra” no Mato Grosso – cerca de 40 mil hectares - para pouso dos aviões que trazem cocaína da Bolívia, Peru e Colômbia.
Hoje, Luiz Carlos da Rocha está preso no Presídio Federal de Catanduvas, no interior do Paraná.