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Interior

Casos suspeitos de dengue crescem 300% em semanas e lotam hospitais

Até ontem foram 612 casos notificados e 178 confirmados; doença se espalha mesmo com força-tarefa para eliminar focos do mosquito

Helio de Freitas, de Dourados | 02/02/2016 14:45
UPA de Dourados recebe diariamente dezenas de pessoas com sintomas de dengue (Foto: Eliel Oliveira)
UPA de Dourados recebe diariamente dezenas de pessoas com sintomas de dengue (Foto: Eliel Oliveira)

A força-tarefa criada pela Secretaria de Saúde do município para combater o mosquito Aedes aegypti não está conseguindo impedir o aumento dos casos suspeitos de dengue em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. O número de pessoas com sintomas da doença que procuraram as unidades de saúde e se submeteram a exames para saber se foram ou não contaminadas aumentou 300% em duas semanas, segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica.

De 150 notificações até o dia 20 de janeiro deste ano, o total de casos suspeitos saltou para 612 nesta semana, dos quais 178 já estão confirmados e os demais aguardando resultado de laboratório.

Em 2015, Dourados notificou 1.700 casos de dengue e três pessoas morreram na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul em decorrência da doença. O município também investiga seis casos suspeitos de febre chikungunya e quatro casos de zica vírus.

Mutirões – Há três semanas, agentes de saúde, homens do Exército e voluntários têm feito mutirões em Dourados para eliminar focos do mosquito transmissor. O trabalho já foi feito em bairros das regiões norte, sul e oeste e na semana passada ocorreu na área central, onde foram encontrados 22 focos do Aedes. Os donos dos imóveis foram multados.

Foram 3.191 imóveis vistoriados no perímetro entre as ruas Eulália Pires e Mato Grosso, no sentido oeste-leste, e da Cuiabá até a Monte Alegre, no sentido sul-norte. Segundo o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), 477 imóveis estavam fechados e foram feitas 30 roçadas em terrenos baldios, cujo serviço será cobrado do proprietário.

Hospitais – Em pelo menos dois hospitais houve aumento da procura de atendimento por pessoas com suspeita da doença. Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento Médico), dezenas de moradores chegam todos os dias com algum sintoma de dengue.

Mesma realidade ocorre no Hospital Santa Rita, que é particular, e atende conveniados de planos de saúde. Diariamente, o hospital está lotado e a maioria reclama de forte dor de cabeça, febre alta, perda de apetite, moleza, dor no corpo e tonturas. Entretanto, não há uma estatística dos casos relacionados à dengue.

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