Chamado de “fujão” por manifestantes, ministro encerra agenda em escola
Universitários e professores se concentraram na quadra da escola, mas ministro abortou discurso ao ser informado do protesto
Durou menos de 15 minutos a agenda do ministro da Educação Mendonça Filho no Centro de Formação Profissional “Professora Evanilde Costa da Silva”, no início da noite desta segunda-feira (21) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Para evitar os protestos de estudantes universitários e professores da rede municipal de ensino em greve, o ato acabou logo após o descerramento da placa inaugural e os discursos foram cancelados. Chamado de “fujão” e “covarde”, como mostra o vídeo abaixo, Mendonça Filho deixou o local sem falar com os jornalistas.
Após o lançamento da construção do Instituto da Mulher e da Criança, no HU (Hospital Universitário), a comitiva do ministro e do governador Reinaldo Azambuja de deslocou até a escola, no Jardim Água Boa, região sul da cidade.
Quando o ministro chegou ao local, em frente à escola havia apenas assessores da prefeitura e da Câmara e diretores de escolas. Os manifestantes estavam concentrados na quadra de esportes, onde as autoridades fariam os discursos.
Mendonça Filho, o governador, os senadores Pedro Chaves (PSC) e Simone Tebet (PMDB) e deputados federais e estaduais entraram na escola, escoltados pela Força Tática da Polícia Militar.
Assim que entraram, o ministro e o governador descerraram a placa inaugural e foram até uma das salas do centro profissionalizante, onde ficaram menos de 5 minutos. Sem seguida todos saíram da escola, sem ir até o local onde estavam os manifestantes.
Como a escolta e os carros de apoio não esperavam pelo encerramento tão precoce do ato, Mendonça Filho foi para o lado de fora da escola e teve que ficar alguns minutos esperando o micro ônibus que levou as autoridades ao local.
Só depois que o ministro foi embora os manifestantes foram até o portão da escola e ao som de tambor e apito chamaram Mendonça Filho de “covarde” e “fujão”. Não foi informado de quem foi a decisão de cancelar os discursos.