Cidade tem acessos bloqueados e polícia caça suspeitos de matar policial
Justiça decretou prisão de suspeitos de envolvimento na execução de agente da Polícia Civil
A Justiça decretou a prisão dos suspeitos de envolvimento na execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior, ocorrida na noite de terça-feira (14) em Paranhos, a 469 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. Conforme o Campo Grande News havia antecipado no dia seguinte, o agente foi morto por vingança e o crime está relacionado a chacina ocorrida em outubro do ano passado no município.
Ninguém da polícia fornece informações sobre o andamento das investigações e nem quantos pedidos de prisões foram feitos à justiça. Mas, como o assassinato de Aquiles Chiquin Júnior está relacionado com a chacina de outubro, entre os que tiveram as prisões decretadas estaria o chefe do grupo, conhecido como Zacarias, e o filho dele, que na época teve uma das pernas amputadas.
Na chacina ocorrida no dia 19 de outubro do ano passado, cinco pessoas morreram, entre elas o filho mais velho de Zacarias. Oito homens que fazem parte de uma quadrilha que atua na região de fronteira estavam em uma padaria no centro de Paranhos, quando os rivais chegaram em uma caminhonete e dispararam mais de 100 tiros.
Consta que o irmão de Aquiles Chiquin Júnior faz parte da quadrilha que praticou a chacina. Por conta disso, o bando de Zacarias teria decidido se vingar na mesma moeda, ou seja, matando o irmão do desafeto.
O policial civil foi morto com tiros de fuzil calibre 5.56, quando fazia exercício de musculação em uma academia no centro de Paranhos. Foram feitos 26 disparos e quatro pessoas acabaram sendo feridas por estilhaços.
A Polícia Civil não informa onde está o irmão de Aquiles Chiquin Júnior e nem se ele já foi ouvido. Dez equipes formadas por policiais de delegacias do interior e da Capital estão desde o dia seguinte a execução trabalhando na investigação.
A Prefeitura de Paranhos, usando retroescavadeiras, bloqueou várias vias de acesso à cidade paraguaia de Ypejhu e a única entrada liberada na cidade está sendo vigiada por policiais.