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Interior

Com a chegada da noite, reintegração da Buriti fica para o domingo

Helton Verão e Francisco Júnior, de Sidrolândia | 18/05/2013 18:36
Índios bloquearam pista impedindo acesso a fazenda (Foto: Vanderlei Aparecido)
Índios bloquearam pista impedindo acesso a fazenda (Foto: Vanderlei Aparecido)

Segue indefinida a situação da reintegração de posse da fazendo Buriti, em Sidrolândia. O prazo para a saída dos índios venceu às 15 horas deste sábado. O procurador Emerson Kalife Siqueira, do MPF (Ministério Público Federal), está no local negociando com os índios, junto com o delegado da PF, Alcídio de Souza Araújo. A reintegração só deverá acontecer a luz do dia, provavelmente neste domingo (19).

Mais de 600 índios tomaram a fazenda, de acordo com informações de policiais, os indígenas apenas cercam a sede, não entraram na casa e nem danificaram nada. 

Segundo informações do Major Marcos Paulo, da Cigcoe, as negociações seguem acontecendo, mas a reintegração não deve acontecer mais hoje já pelo fato da noite ter caído. “Estamos fazendo a segurança, mas não faremos reintegração no período da noite”, avisa o Major. Cerca de 15 policiais da PF e mais de 50 da Cigcoe fazem a segurança no local. Um helicóptero da PRF (Polícia Rodoviária Federal) pousou no local levando as autoridades.

A família Bacha foi retirada as pressas pela PF (Polícia Federal) e aguardam o desenrolar da história em uma residência no perímetro urbano da cidade.

No início da tarde, indígenas trancavam a estrada de terra que dá acesso a Buriti com dois tratores. Policiais conversaram com os índios que liberaram a pista com a condição de ninguém da imprensa passar pelo local, tirar ou filmar o movimento na região.

Apesar da indefinição e o clima tenso, não houve nenhum tipo de confronto, nem tiros. A PF solicitou um caminhão para fechar o acesso a fazenda Buriti.

Na fazenda Cambará, também ocupada nesta semana, os terenas estão acampados na entrada do imóvel rural. O acesso é impedido por galhos de árvores. Na quinta-feira, saiu decisão judicial para que quatro fazendas fossem desocupadas: Querência São José, Santa Helena, Buriti e a Cambará. Foi feito um acordo para que os indígenas deixassem as fazendas até às 15h de hoje.

Os terenas ocupam desde maio de 2011, a fazenda 3R, também da família Bacha. A série de ocupações é parte da reivindicação dos 17 mil hectares da aldeia Buriti que estão na posse de fazendeiros e que foram identificados em 2011 como terras indígenas. Atualmente, cerca de cinco mil índios vivem em apenas 2,1 mil hectares.

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