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Interior

Com batimentos cardíacos fracos, onça morre após resgate que durou 7h

Bruno Chaves | 08/06/2014 10:47
Corpo da onça passará por necrópsia na próxima semana (Foto: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense)
Corpo da onça passará por necrópsia na próxima semana (Foto: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense)

A onça-pintada fêmea que foi resgatada na manhã de ontem (7), no Porto Geral, em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, morreu horas depois do trabalho de salvação, que durou sete horas. Conforme a PMA (Polícia Militar Ambiental), o animal estava com os batimentos cardíacos fracos. Dois filhotes também foram resgatados.

“Após o resgate, ela foi levada para a Embrapa Pantanal, onde biólogos e veterinários a mantiveram sob monitoramento. Ela estava com os batimentos cardíacos fracos, a equipe tentou reanimá-la, mas não resistiu. Somente a necropsia vai poder esclarecer as causas da morte”, explicou o major Nivaldo de Pádua Mello, da PMA, ao Diário Corumbaense.

Uma das veterinárias que ajudou no resgate do animal comentou sobre a frequência cardíaca baixa. A fala dela apareceu em um vídeo, gravado pelo jornal local. O major da PMA ainda comentou sobre as causas da morte da onça.

“Quem sabe há quantos dias ela estava sem comer, nadando e ainda tendo que alimentar dois filhotes”, disse. O corpo do animal foi levado para o batalhão da PMA, onde deverá ser necropsiado no início da próxima semana.

Sete horas – Os trabalhos de resgate da onça-pintada fêmea e dos dois filhotes dela durou sete horas. O resgate foi comandado pelo Comitê de Captura de Animais Silvestres, que é formado pelo Corpo de Bombeiros, PMA, Polícia Militar, Embrapa Pantanal, Ibama, Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Centro de Controle de Zoonoses e Instituto do Homem Pantaneiro.

Os três animais estavam em uma árvore, uma mangueira, no quintal de uma casa que fica às margens do Rio Paraguai, no bairro Beira Rio. O dono da casa avistou as onças e acionou a polícia, que chamou o Corpo de Bombeiros. A área foi isolada.

A onça adulta foi a primeira a ser resgatada. Os bombeiros dispararam dardos tranquilizantes e uma hora depois o felino caiu fora da rede de proteção armada. O animal foi parar em meio a vegetação e a água do rio. Depois disso, o bicho recebeu mais sedação e foi levado para a Embrapa Pantanal, onde morreu.

Os filhotes foram resgatados depois.

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