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Interior

Com prisão decretada, gerente de agência do Detran está foragido

Adriano Passarelli e outros dois suspeitos não foram encontrados durante buscas hoje em Juti

Helio de Freitas, de Dourados | 18/11/2022 11:00
Adriano Passarelli, na campanha de 2020, quando foi candidato a prefeito de Juti (Foto: Reprodução)
Adriano Passarelli, na campanha de 2020, quando foi candidato a prefeito de Juti (Foto: Reprodução)

O gerente da agência do Detran de Mato Grosso do Sul em Juti, Adriano Passarelli, é considerado foragido da Justiça. Ex-vereador e candidato a prefeito em 2020, Passarelli é alvo da Operação Resfriamento, que investiga esquema de fraude na agência da cidade localizada a 311 km de Campo Grande.

Ontem (17), a pedido do Dracco Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão preventiva do gerente e de outros quatro integrantes da organização acusada de “esquentar” documentos irregulares na agência do Detran.

Além dele, os policiais não localizaram o empresário Jefferson Cassavara e o filho dele, Jefferson Cassavara Junior. Os dois também tiveram a prisão decretada.

Os outros dois investigados, o servidor do Detran em Juti, Marcel Libert Lopes Cançado, e o despachante de Dourados, João Ney Pereira da Silva, foram presos no dia 8 deste mês.

O mandado de prisão temporária deles venceria ontem, mas foi convertido em prisão preventiva. Marcel está preso na delegacia de Caarapó e João Ney na 1ª Delegacia de Polícia em Dourados.

Segundo o Dracco, Jefferson Cassavara e o filho seriam os operadores financeiros da organização criminosa. Na primeira fase da operação, no dia 8, a polícia apreendeu quase meio milhão de reais em cheques e dinheiro vivo na casa dele.

Em nota enviada nesta sexta-feira, o Dracco informou que a Operação Resfriamento apura esquema de emissão de documentos irregulares na agência do Detran de Juti. Veículos irregulares, até mesmo de outros estados, seriam regularizados na agência mediante inserção de documentos falsos e pagamento de propina a servidores.

Os veículos documentados na agência não passavam por vistorias de segurança e sequer ingressavam em MS. Para emitir o documento, a organização usava endereços falsos da cidade de Dourados.

Marcel Libert está preso há dez dias (Foto: Reprodução)
Marcel Libert está preso há dez dias (Foto: Reprodução)

Conforme a polícia, Marcel Libert ocupou o cargo de gerente da agência no período em que Adriano Passarelli estava em campanha eleitoral e teria sido responsável pelas fraudes no sistema.

Já o despachante de Dourados teria formalizado os requerimentos e feito o pagamento de valores indevidos a Marcel Libert. Somente em transações diretas entre Marcel e João Ney teriam sido movimentados pelo menos R$ 150 mil.

Durante o cumprimento dos mandados de busca, no dia 8, foram apreendidos documentos, valores, um Toyota Corolla, um Hyundai Santa Fé, um Volkswagen Nivus, uma caminhonete Amarok, uma CBR 500 e uma Bros 160, todos registrados em nome de “laranjas”.

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