Conselho rejeita todas as propostas de reitora temporária da UFGD
Couni vai encaminhar ao MEC ofício solicitando que lista tríplice seja respeitada e que Etienne Biasotto assuma o cargo
A reitora temporária da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Mirlene Damázio, que desde junho é chamada de interventora foi derrotada em todas as votações da primeira reunião do Couni (Conselho Universitário) - órgão que decide sobre todos os assuntos da universidade -, realizada na manhã desta quinta-feira (31).
Um dos projetos rejeitados pelo conselho foi a implantação do Future-se, programa do Governo Federal que entre outras estratégias, cria um fundo para financiar as universidades federais e atrair recursos privados. Para os conselheiros, o projeto tem o caráter de tornar “precária” a universidade, uma vez que ameaça diminuir a “autonomia da instituição”, avaliaram em nota.
O plano de gestão da reitoria temporária também foi apresentado, mas rejeitado, pois os conselheiros entenderam que a sua aprovação endossaria a permanência de Mirlene no cargo. A alteração de resolução sobre alunos cotistas e outros dois tópicos referentes a alunos de pós-graduação também foram pautados, mas desaprovados pelos acadêmicos.
Além de frisar não reconhecer Mirlene Damázio como reitora da instituição, o conselho elaborou um oficio para envio ao MEC (Ministério da Educação) solicitando que lista tríplice seja respeita e que seja indicado ao cargo de reitor o professor Etienne Biasotto, vencedor da eleição da universidade.
Eleição
Vencedor da eleição interna feita em março e primeiro da lista tríplice encaminhada ao Ministério da Educação, Etienne não foi nomeado pelo ministro da educação Abraham Weintraub. O MPF havia questionado o fato de os outros dois integrantes da lista não terem participado da eleição interna. A ação judicial foi apontada pelo MEC como motivo para a nomeação de Mirlene Damázio, em junho, mas desde então ela é alvo de protestos da comunidade acadêmica.
No início deste mês, a Justiça Federal mandou a UFGD comunicar ao Ministério da Educação que a eleição interna para reitor teve sua validade restaurada. Entretanto, mesmo a Justiça tendo reconhecido a legalidade da eleição, ela é mantida no cargo.