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Interior

Decretada prisão de 4 envolvidos em esquema de corrupção em presídios

Deflagrada no início do ano, a investigação apurou tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, peculato e falsidade documental por parte de diretores dos presídios

Lucas Junot | 23/03/2017 17:20
Em janeiro, 12 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e nove de prisão temporária foram cumpridos pelo Gaeco (Foto: André Bittar/Arquivo)
Em janeiro, 12 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e nove de prisão temporária foram cumpridos pelo Gaeco (Foto: André Bittar/Arquivo)

O juiz de direito da 2ª Vara Criminal de Corumbá acatou, nesta quinta-feira (23), denúncia do MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) sobre investigações da Operação Xadrez, deflagrada no dia 23 de janeiro pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que revelaram indícios de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, peculato e falsidade documental por parte de diretores dos presídios de regime fechado e aberto.

Quatro mandados de prisão preventiva foram decretados pelo magistrado, em nome de Antonio Batista, Chalega e Pedro Antunes Chalega Filho, envolvidos no esquema. Ricardo Wagner Lima do Nascimento e Douglas Novaes Villas, diretores dos presídios de regime fechado e aberto também tiveram seu pedido de prisão expedido.

Em janeiro, 12 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento) e nove de prisão temporária foram cumpridos.

Em outra operação, batizada de GIRVE em alusão a um curso sob suspeita, a o Gaeco apreendeu os celulares do presidente da agência, Ailton Stropa, e de diretores. Na residência de um deles, foi apreendido R$ 90 mil em dinheiro.

De acordo com nota do MPE (Ministério Público Estadual), foram alvos de “busca e apreensão os titulares da Presidência da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), da Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), da chefia da Divisão de Estabelecimentos Penais (DEP), da Diretoria de Operações (DOP) e a Chefia de Divisão de Trabalho”.

Os mandados foram cumpridos nas residências dos diretores investigados, localizadas em Aquidauana, Dourados e Campo Grande, e no local de trabalho. O Gaeco investiga irregularidades durante a realização do GIRVE –Curso de treinamento para intervenção rápida, contenção, vigilância e escolta do sistema penitenciário. O curso foi realizado em abril de 2016 na Capital.

Alvo de duas operações do Ministério Público, no ínício do ano, a Agepen maneja um orçamento anual de R$ 234 milhões e é responsável por 15.310 presos.

O valor não inclui os gastos com educação e saúde dos presos, custeadas pelas respectivas secretarias.

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