Duplicação vai reduzir acidentes graves em avenida com mais de 50 casos por ano
Dos 500 atendimentos dos bombeiros nos últimos 10 anos, 352 foram batidas e 90 por queda de moto
Os acidentes graves já viraram rotina na Avenida Coronel Ponciano, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande. Nos últimos dez anos, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 500 ocorrências na via, ou seja, a média de mais de quatro chamados por mês. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Dourados) prevê redução de 50% no número de acidentes com a duplicação da avenida.
Dos 500 acidentes, 352 foram batidas, enquanto 90 ocorreram por queda de moto. A estimativa de queda nos índices de acidentes é da diretora-presidente da Agetran, Mariana Neto, responsável pela elaboração do projeto. A obra está prevista para começar ainda este ano, segundo o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
A Av. Coronel Ponciano tem mais de 30 acessos a bairros populosos, além de ligar a BR-163 e serviços públicos, tais como UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Prefeitura de Dourados, Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e DOF (Departamento de Operações de Fronteira).
Comandante do Corpo de Bombeiros de Dourados, o tenente-coronel Humberto Jose Sepa de Matos Filho explica que a duplicação da avenida é fundamental, porque além do grande fluxo de veículos, o trânsito no local não está ordenado.
“A obra trará a fluidez e, principalmente, a segurança a todos aqueles que passarão pela avenida. Pelos números da estatística, podemos observar uma grande quantidade de acidentes, que após a duplicação serão reduzidos. Além disso, as eventuais ocorrências que poderão acontecer após a obra tendem a ser de pequena monta, ou seja, trazendo mais danos materiais do que físicos ou riscos de mortes”, comenta.
Os moradores esperam ansiosos pela duplicação que vai levar alívio também às comunidades indígenas do entorno, segundo o subsecretário estadual de Políticas Públicas para a População Indígena, Fernando de Souza.
“Nós temos dezenas de famílias que moram em acampamentos nas proximidades da avenida e que passam diariamente por ela, principalmente de bicicleta ou carroça para trabalhar ou para acessar algum serviço de educação, assistência social e saúde, por exemplo”, diz.